COMPLEXO DE USINAS DE ANGRA É MAIS SEGURO DO QUE FUKUSHIMA SEGUNDO RELATÓRIO

Segundo relatório elaborado pela Eletronuclear, empresa estatal de energia nuclear brasileira, as usinas do complexo de Angra têm melhores condições para suportar acidentes decorrentes de catástrofes naturais do que a usina nuclear de Fukushima tinha. O documento, que ficou pronto no fim do último mês, foi elaborado com base na metodologia utilizada nos países europeus para medir a segurança das usinas nucleares.

Após o acidente ocorrido na usina japonesa no ano passado, a segurança nas usinas nucleares foi assunto constante no mundo. A situação do complexo de usinas de Angra tem como principal benefício para uma situação menos suscetível a acidentes, segundo a diretoria da Eletronuclear, o fato de possuir sistema extra de energia elétrica instalado em áreas protegidas e sistema de suprimento de emergência.

Além da vantagem na rede de energia, as usinas de Angra 1 e 2 ainda contam com equipamentos que dispensam o uso de energia elétrica para processos como o resfriamento do reator, que pode ser feito por reservas de água doce armazenadas no próprio complexo nuclear. A localização do complexo, em área de baixa atividade sísmica e sem tsunamis, também contribui intensamente para a avaliação positiva.

Porém, o risco sempre existe, e a principal preocupação da região de Angra dos Reis são as intensas chuvas, que podem causar deslizamentos nas muitas encostas que permeiam a área das usinas nucleares. Segundo a equipe técnica da Eletronuclear, o projeto é seguro para esse tipo de ocorrência, mas com o alerta da catástrofe japonesa, a situação de proteção contra deslizamentos foi reavaliada para que sejam adotadas medidas adicionais de proteção em casos de deslizamentos e inundações.