COPEL DESENVOLVE PROJETOS PARA TORNAR SISTEMAS HIDRELÉTRICOS MAIS EFICIENTES E ECOLÓGICOS

DCIM101MEDIADJI_0003.JPGA Copel começou  dois novos projetos de pesquisa e desenvolvimento. Um  na área de projeto civil de usinas hidrelétricas e outro voltado para a avaliação de emissões de mercúrio em termelétricas. A empresa quer desenvolver uma metodologia para determinar os esforços gerados pelo impacto do ressalto hidráulico em comportas de vertedouros. O objetivo é permitir o dimensionamento adequado desse tipo de comporta para usinas hidrelétricas instaladas em locais com baixa queda d’água. Neste tipo de empreendimento, é comum as comportas do  vertedouro ficarem parcialmente submersas. Operando nessa condição, quando o vertedouro é aberto para descarga de água do reservatório, o nível de jusante (abaixo da barragem) força as ondas do ressalto hidráulico (fenômeno que ocorre para dissipação de energia do escoamento) contra a face das comportas, produzindo esforços que podem não ter sido considerados no dimensionamento delas, já que ainda não existe uma metodologia de cálculo estabelecida para isso.

O projeto de P&D liderado pela gerente da Divisão de Estudos de Geração, Raquel Sayuri Omoto Takeda, prevê o desenvolvimento de experimentos em modelos físicos e computacionais para analisar o escoamento de água através de vertedouros que sofrem esses efeitos do afogamento parcial pelos níveis de água de jusante com a finalidade de determinar os esforços atuantes na comporta: “A demanda por esse tipo de estudo tende a crescer, considerando que a maior parte das usinas com aproveitamento de grandes quedas já foram construídas no país e os novos projetos são swswswsmajoritariamente de usinas em locais com baixa queda d’água.”

Segundo a engenheira, há usinas mais antigas que apresentam essa situação de impacto do ressalto sobre as comportas sem que tenham sido relatados qualquer problema. No entanto, nesses empreendimentos, as comportas eram projetadas com dimensões mais robustas do que atualmente. Isso começou a mudar com o aperfeiçoamento das ferramentas de análise estrutural registrado nos últimos anos: “Da forma que o processo de concessão de aproveitamentos hidrelétricos é conduzido hoje no país, as empresas que entram na disputa de novas concessões precisam trabalhar com orçamentos cada vez mais enxutos e os projetos de engenharia têm que ser otimizados sem que haja prejuízo à segurança das estruturas. Por isso, é tão importante a definição de metodologias para subsidiar a tomada de decisão”, completa a gerente. O projeto tem orçamento estimado em R$ 8,9 milhões.

No segmento de geração térmica, a Copel GT e a Associação da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC) estão iniciando estudos para avaliar as emissões de mercúrio na atmosfera em processos que envolvem a conversão térmica de carvão mineral. De acordo com o gerente desse projeto na Copel, Thiago Luis Zanin, “serão destinados R$ 6,8 milhões para essa pesquisa que reforça o compromisso brasileiro perante a Convenção de Minamata, que trata do monitoramento e da redução de emissões e liberações de mercúrio no meio ambiente”.  O projeto vai envolver também pesquisadores dos programas de pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Serão destinados ainda recursos para duas bolsas de Doutorado e uma de Mestrado envolvendo o tema.

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