CRESCIMENTO DA DEMANDA POR MEMBRANA DE SEPARAÇÃO DE CO2 NO BRASIL FAZ A UBE INVESTIR EM NOVA UNIDADE DE PRODUÇÃO

carlosA UBE,  um dos principais players globais de membranas para a separação de gases, anunciou, que expandirá sua capacidade de produção de filamentos de poliimida usados nestas membranas. A expansão acontecerá na UBE Chemical Factory e no módulo de membranas para separação de gás da fábrica Sakai, ambas no Japão. As duas expansões deverão estar concluídas na primeira metade de 2025 e representarão um aumento de 1,8 vez a capacidade atual. Carlos Catarozzo, Diretor da UBE América Latina, explicou que este aumento já era esperado frente ao rápido crescimento da demanda global de membranas para a separação de CO2. E neste cenário, o Brasil tem uma representatividade importante, especialmente após o lançamento do Programa Metano Zero em 2022”, disse. O negócio de membranas para separação de gases da UBE oferece soluções para diversas aplicações, incluindo membranas para a separação de hidrogênio, membranas para desumidificação, membranas para a separação de nitrogênio e CO2, e membranas para a desidratação de solventes orgânicos. Todas elas são produzidas com a poliimida da UBE e têm como principal vantagem a alta durabilidade.

Nos últimos anos, a demanda por membranas para separação de CO2, usadas para remover o dióxido de carbono e outros gases do biogás e extrair o biometano comoUBE combustível, cresceu muito, especialmente na Europa e na América do Norte, alavancada pelo uso de energias renováveis. A expectativa de que o mercado global mantenha este nível de expansão justifica o investimento da UBE na otimização de seu sistema de produção com a expansão das fábricas e com o aumento da capacidade das plantas existentes.

O Brasil também tem um importante papel neste crescimento por seu potencial de produção de biogás a partir de resíduos devido à sua extensa produtividade agroindustrial aliada ao tamanho da população. Além disso, o biogás possui inúmeras vantagens como matriz energética, especialmente quando comparado a outras fontes limpas e renováveis de energia. E como ele se origina do tratamento de resíduos e efluentes orgânicos, seu aproveitamento fomenta investimentos na correta destinação de resíduos urbanos e na agropecuária, constituindo um grande aliado do saneamento ambiental”, completou Catarozzo.

As novas membranas para a separação de gases permitem uma aplicação do biogás para o biometano, considerado uma energia verde. A ideia é que estas tecnologias de última geração apoiem a indústria e os clientes brasileiros no processo de separação de gases e possibilitem atingir as metas definidas pelo Governo Brasileiro no Programa Metano Zero – que propõe o tratamento do lixo orgânico, da cidade e do campo,  como os resíduos de aves, suínos, cana, laticínios e aterro sanitário, transformando-o em biogás. Estima-se que, em 2022, houve um crescimento de 22% no volume de biogás gerado no Brasil, impulsionado pela entrada em operação de plantas que estavam sendo implantadas ou reformadas em 2021 (56 plantas). Assim, a produção nacional pode ultrapassar os 2,8 bilhões de Nm³/ano de biogás.

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