DEPOIS DE CRIAR REATORES, EXPORTAR SUA TECNOLOGIA E ABANDONAR SUAS PRÓPRIAS USINAS, AGORA ALEMANHA INVESTE EM CENTRAIS DE FUSÃO NUCLEAR

ALEMANHAQuem pode entender a Alemanha? Primeiro, ela cria reatores nucleares, usa durante anos, exporta para vários países a sua tecnologia – inclusive para o Brasil – e, de repente, usando estranhamente o pretexto de Fukushima, decide fechar todas as suas usinas nucleares. E hoje (14) anuncia um novo programa de financiamento para pesquisas em fusão nuclear feito pela Ministra Federal de Pesquisa da Alemanha, Bettina Stark-Watzinger. O objetivo, segundo ela, é preparar o caminho para a construção da primeira usina de energia de fusão na Alemanha até 2040. O Ministério Federal de Educação e Pesquisa (BMBF) há muito apoia pesquisas sobre fusão no Instituto Max Planck de Física de Plasmas (IPP) em Garching e Greifswald, no Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT) e no Centro de Pesquisa Jülich (FZJ). A ministra disse que  “Este financiamento institucional é complementado por um segundo pilar com o novo programa de financiamento de projetos. O objetivo do financiamento do projeto é desenvolver as tecnologias, componentes e materiais necessários para uma central eléctrica de fusão numa primeira fase até ao início da década de 2030. Na segunda fase, o foco está na integração num projeto de central eléctrica. O programa de financiamento está aberto à tecnologia e aborda tanto a tecnologia do chamado confinamento magnético quanto a fusão a laser.”

Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT)

Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT)

A Alemanha iria aumentar significativamente o financiamento da investigação para a fusão com um montante adicional de 370 milhões de euros (403 milhões de dólares) ao longo dos próximos cinco anos. Juntamente com os fundos já destinados a instituições de investigação, o ministério disponibilizará mais de mil milhões de euros para a investigação em fusão até 2028. Para conseguir a construção de uma central de fusão o mais rapidamente possível, o programa baseia-se essencialmente na investigação colaborativa orientada para a aplicação, como forma de parceria público-privada. Os projetos sobre sub tecnologias específicas serão realizados conjuntamente por instituições de investigação, universidades e indústria. O ministério disse que isso permite que novas descobertas da pesquisa sejam adotadas numa fase inicial e que o conhecimento seja transferido para a indústria nacional para uso posterior.

Betina Stark-Watzinger também disse que “A crise energética mostrou-nos quão importante é um fornecimento de energia limpa, confiável e acessível. E a fusão é uma enorme oportunidade para resolver todos os nossos problemas energéticos. Graças ao seu excelente panorama de investigação e à forte indústria, a Alemanha oferece excelentes condições para a construção de centrais de fusão. É aqui que entramos com o nosso novo programa de financiamento – denominado Fusion 2040 – Investigação a caminho de uma central de fusão. E queremos preparar o caminho para a primeira central de fusão na Alemanha. Queremos construir um ecossistema de fusão composta por indústria, startups e ciência para que uma central de fusão na Alemanha se torne uma realidade o mais rapidamente possível. A corrida global começou. Gostaria que nós, na Alemanha, estivéssemos entre os primeiros a construir uma central de energia de fusão. Não devemos perder esta enorme oportunidade, especialmente tendo em vista o crescimento e a prosperidade.”

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Ralfo Penteado
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Ralfo Penteado

Sonambulismo woke 🦜 rau rau. rau. E o gasoduto que o time sabotou?

Mrx
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Mrx

Qq tem a ver woke.. com energia e gasoduto? Não fala bosta!!!

Vinicius H
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Vinicius H

legal

RAEL
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RAEL

Dá para entender perfeitamente, ela abandonou seus reatores a fissão, pois já planejava que a fusão seria uma realidade atual.

Raphael Telis
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Raphael Telis

Que realidade? Não há reatores de fusão comerciais disponíveis atualmente, nem mesmo protótipos ou demonstradores. Existem reatores de fusão para pesquisa e desenvolvimento (P&D) em universidades e empresas privadas. Há também o ITER na França, um experimento internacional cuja construção está em andamento desde 2010 e já consumiu 20 bilhões de euros. O primeiro plasma no ITER era esperado para 2025, mas será adiado, custando bilhões a mais. Independentemente do custo final, o ITER já é o experimento científico mais caro de todos os tempos. E, no final, mesmo que o ITER seja bem-sucedido em seus experimentos, é muito improvável… Read more »

Ricardo
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Ricardo

Que delirio!!
Isso será antes ou depois deles se resolverem com os russos?
Construir reator de Fusão em 2040? Só se for experimental. Tiraram os pés do chão de vez?

Jorge Paiva Abrantes
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Jorge Paiva Abrantes

Compreendo o Título tendencioso. Afinal uma abordagem e um planejamento sério para a Fusão Nuclear vindo de uma Alemanha pode abreviar o uso do petroleo na geração de energia e a Petro notícias virá a perder relevância. Srs editores não se preocupem: a fusão será a médio prazo e até lá estaremos mortos tal qual está missiva…. Ou evoluirá para Fusionews ou qq outro título que lhe valha…

Baldolino Calvino
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Baldolino Calvino

A Alemanha está entrando tarde na corrida pela fusão e está tentando resgatar o tempo perdido. Acordaram para o fato de que a fusão virá queiram ou não os antiquados. Quem não enxerga é cego. Ainda estamos na curva exponencial da tecnologia. A IA acabar de começar sua explosão, a energia de fusão vai ser a principal fonte de energia pelos próximos séculos. Quem a dominar primeiro, dominará o planeta e sua extensão pelo sistema solar. Em 2100, não apenas teremos fusão, como colônias até Júpiter e estações experimentais até o Cinturão de Kuiper, e ninguém fará nada sem IA.… Read more »