DEPOIS DE NÃO SER OUVIDO, CONSELHO DA PETROBRÁS VAI SE POSICIONAR SOBRE INVESTIMENTO NA CESSÃO ONEROSA

silvioA próxima reunião do conselho de administração da Petrobrás vai dar pano pra mangas. A decisão de investir R$ 15 bilhões na aquisição de pelo menos 15 bilhões de barris de petróleo da cessão onerosa sem sequer ter sido consultado só aparenta, dizem alguns analistas, que “o conselho da empresa parece sem força, sem importância e desnecessário. Uma espécie de marido traído. O último a  saber.”

Silvio Sinedino, representante dos trabalhadores no conselho, não parece nada satisfeito com a imposição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que empurrou goela a abaixo da empresa a decisão:

“Não sabíamos e isso é gravíssimo porque descumpre o estatuto da Petrobrás”.

A sua declaração só confirma a sensação de um conselho que não tem suas opiniões respeitadas “O conselho parece a Rainha da Inglaterra”, diz. O comunicado da realização do negócio foi  feito por intermédio de um fato relevante e apoiado no mesmo dia por declarações da presidente da companhia, Graça Foster, que exultou com o aumento das reservas da Petrobrás. Mas o que a Petrobrás recebeu foi um petróleo, em grande volume, que na verdade ela não pode retirar durante o mesmo período que terá de desembolsar os R$ 15 bilhões de seu caixa para pagar ao tesouro, já que neste período não terá dinheiro suficiente para investir em projetos de exploração desta reserva.

A coisa parece tão obscura que a própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve apurar as denúncias que estão circulando no mercado, movidas pelas insatisfações dos acionistas minoritários.

A resolução do CNPE diz que os volumes contratados sob a cessão onerosa devem ser priorizados porque, como a Petrobrás paga menos impostos neles, tem mais rentabilidade. Alguns analistas e investidores tem agendada uma reunião com a presidente da empresa, Graça Foster. Ainda hoje (27) haverá novas informações sobre este caso.

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