ECOS DA RIO OIL & GAS 2012 REVELAM ERROS E ACERTOS

Passada uma semana do início da Rio Oil&Gas, a feira de petróleo realizada no Rio de Janeiro, é um bom momento para reflexão de todos os envolvidos em sua organização. A feira deste ano ganhou uma dimensão maior do que a dos anos anteriores e foi reconhecida por muitas pessoas do mercado como maior e mais importante do que a OTC de Houston, considerada a maior do mundo.

Organizar um evento desta dimensão exige muito trabalho, dedicação permanente, empenho e algum investimento. Nestes quesitos, o IBP, responsável direto por tudo, merece nota 10. As empresas também fizeram a parte delas e brilharam. As autoridades e os especialistas, que participaram mostrando o conhecimento nas palestras programadas, deixaram boas contribuições e esclarecimentos para a indústria do petróleo e para todos aqueles que tiveram oportunidade de ouvi-los.

Mas esta vitória não pode apagar alguns desvios dos detalhes da organização que precisam ser estudados para que tenhamos um evento cada vez melhor, com mais qualidade e mais conforto. Detalhes que  podem ser vistos, para que possamos alcançar níveis estruturais de excelente qualidade.

Neste quesito, a GL Events, responsável pela concessão do Riocentro, tem grande participação. É ela a responsável pelo funcionamento da infraestrutura, como a limpeza dos banheiros, por exemplo. Pelo menos no primeiro dia, dois dos banheiros, do Pavilhão 4 e do Pavilhão 3, tiveram o seu funcionamento prejudicado por entupimentos, falta de higiene e até falta de papel toalha. Além disso, o sistema de ar condicionado teve uma pane geral no terceiro dia de funcionamento da feira. Falha corrigida apenas no dia seguinte, por volta das 8 horas da manhã, quando as máquinas puderam ser ligadas novamente. A falta de ar condicionado provocou muita irritação e desconforto, tanto nos visitantes quanto nos expositores. Mas, por outro lado, mostrou um fator positivo. Todas as pessoas que precisaram de atendimento pelo departamento médico, pelo calor provocado, foram bem atendidas.

A falta de informação precisa sobre as saídas para os estacionamentos, após o encerramento das atividades diárias, foi outro desvio, que pode ser corrigido pelo IBP. Em um evento da  magnitude de uma feira de petróleo internacional como esta não é admissível que as pessoas envolvidas no suporte de informação não falem, pelo menos, o inglês. Todos os dias, vigilantes fechavam as portas naturais de saída, sem conseguir explicar para os participantes estrangeiros que, para chegarem ao local exato do estacionamento, teriam que dar uma volta quase inteira no centro de convenções, que não é pequeno.

Outra sugestão que pode melhorar o conforto para os visitantes é o deslocamento, dos estacionamentos até os pavilhões do centro de convenções, através de pequenos trens ou pequenos ônibus que circulem no entorno dos pavilhões, levando e trazendo as pessoas de forma gratuita ou incluída no caríssimo preço do estacionamento. No caso, havia alguns poucos carrinhos elétricos auxiliando o transporte interno de pessoas na feira, mas eram reservados exclusivamente para autoridades e diretores do IBP.

A segurança propriamente dita é outro fator preocupante, pois o próximo evento será no ano da Copa do Mundo e anterior à realização das Olimpíadas, o que exige um cuidado maior em todos os sentidos. A feira é um evento público que atrai olhares de todo mundo. Este ano, apenas detectores de metal ultrapassados estavam instalados na entrada. Mas o ingresso na feira podia ser feito em diversos outros pontos dos cinco pavilhões.

Em plena era da comunicação, o evento não disponibilizou Wi-fi  para todos os pavilhões, como se imaginaria num evento deste porte. Apenas quem estava no pavilhão 5, onde eram realizadas as palestras, podia ter acesso à internet. Nos pavilhões onde as empresas expuseram seus produtos e serviços não havia comunicação via internet.

Do lado externo, os expositores e visitantes que não usaram carro próprio tiveram que penar em filas quase intermináveis para os ônibus e os táxis, que não atendiam à grande quantidade de pessoas. Ficou claro que o planejamento poderia ter sido melhor. Em pelo menos dois dias, no encerramento, um carro branco, estacionado na lateral da entrada da feira, com a mala do carro aberta, tocava  música funk em alto volume, sem ser incomodado pelo serviço de segurança.

São pequenos deslizes que não se refletiram no volume de possibilidades de novos e grandes negócios para a indústria do petróleo brasileira. Mas são pequenos detalhes que podem ser melhorados para os próximos anos. Por isso, gostaríamos de deixar registrada a nossa contribuição, para que o esforço de todas as equipes envolvidas nesta organização possa ser ainda melhor reconhecido na Rio Oil&Gas 2014.

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Diva Kort Kamp de Azevedo
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Diva Kort Kamp de Azevedo

Prezado

Concordo plenamente com o que foi colocado e ainda acrescento que nenhum dos banheiros possuem gancho para pendurar a bolsa que todas as mulheres usam, tornando díficil a tarefa de usar os sanitários que não estavam limpos.

Wilson Gonçalves
Visitante

Com relação Rio Oil & Gas outros pontos importante são os restaurantes não terem cardápio em Inglês e atendente bilingue. A IBP deveria disponibilizar pessoas Bilingues nas entradas com a inscrição “Me I Help”. Na parte do ar condicionado nos Pavilhões e Tendas o Riocentro deveria conjugar o sistema com aspersão onde melhoraria em 30% a eficiência deixando o ambiente muita mais agradável como e feito nos grades eventos no exterior. Na parte do pagamento do estacionamento tem que distribuir mais os caixas. Se vc. e expositor ou esta a serviço tem que ir ate o outro lado do pavilhão… Read more »

Beck
Visitante
Beck

Como expositor, foi decepcionante, Faltou criterio para ligar com antecipação o Ar condicionado, pessoal de apoio muito mal preparado, estacionamento confuso, ministrado por pessoas sem a minima condição profissional, falta de sinalização etc.
Não é admissivel uma feira deste porte ser apresentado desta forma