EISA CONSEGUE EMPRÉSTIMO DE R$ 30 MILHÕES PARA QUITAR SALÁRIOS DE JUNHO E JULHO

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) – 

Joacir Pedro, secretário da FUP.O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Joacir Pedro (foto), teve uma reunião com o presidente do Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), Josuan Moraes Junior, na manhã desta terça-feira (12), em que recebeu a notícia de que a situação dos trabalhadores deve melhorar um pouco. Josuan afirmou a Joacir que o presidente do Synergy Group – controlador do Eisa -, German Efromovich, conseguiu um empréstimo na Europa equivalente a R$ 30 milhões e que o dinheiro entrará no país assim que passar por todos os trâmites legais.

Segundo Joacir, a promessa feita por Josuan é de dividir o pagamento para os metalúrgicos em duas partes, sendo a primeira no dia 20 deste mês, quitando os salários atrasados de junho, e a outra no dia 29, para os pagamentos referentes ao mês de julho e de um terço das férias. Em seguida, o contrato dos 3.200 trabalhadores será suspenso. O pagamento do mês de agosto ainda não tem previsão de quando será feito.

Os funcionários do Eisa estão em férias remuneradas há dois meses, mas sem receber por elas. Um empréstimo no valor de R$ 200 milhões foi negado pela Caixa Econômica Federal e um financiamento de US$ 100 milhões negociado em Nova York também não obteve sucesso.

Alguns trabalhadores desejam a demissão, mas Josuan disse que na atual situação não é viável arcar com a multa de 40% do FGTS dos funcionários, o que geraria maior dificuldade para voltar a operar e dar lucro, plano da empresa para 2015.

“O problema do Eisa é de gestão. O modelo a ser adotado tem que ser o mesmo do Estaleiro Mauá, como a Transpetro tem feito, instalando um grupo de fiscalização do armador”, afirmou Joacir Pedro.

O estaleiro Eisa começou a ter dificuldades quando a venezuelana PDVSA não pagou por dez navios encomendados. O valor total da compra era de US$ 1 bilhão, sendo somente US$ 200 milhões foram pagos. A situação piorou quando a Procuradoria da Fazenda bloqueou na justiça cerca de R$ 40 milhões do Eisa, por dívidas do estaleiro Mauá, também do Grupo Synergy, com o Fisco.

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