ELETRONUCLEAR APOIA ENTRADA DO CAPITAL PRIVADO EM NOVAS USINAS NUCLEARES

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro (foto), afirmou que a estatal é a favor da entrada de empresas privadas nas futuras usinas nucleares que venham a ser construídas no Brasil, mas ressalvou que o controle de 51% dos empreendimentos deva ficar com o governo.

“Acho muito interessante. Não há porque não admitir a participação do capital privado, mas, no meu caso, como cidadão, eu fico mais confortável se o governo for majoritário na área nuclear”, disse.

Ele informou ainda que foi feito um estudo sobre os locais em que poderiam ser instaladas usinas nucleares no Brasil, que mapeou 40 localizações, mas que isso ainda está tramitando no Ministério de Minas e Energia.

O presidente da Abdan, Antonio Müller, que representa todas as empresas do setor nuclear brasileiro, defendeu a participação de mais de 51% do setor privado nos futuros empreendimentos nucleares.

“A indústria só vai investir se houver a participação majoritária nos projetos”, afirmou.

O executivo lembrou que o país corre o risco de perder sua grande capacitação no setor, em função da falta de investimentos em novos empreendimentos nucleares, informando que uma parte da indústria de base que foi montada para este segmento já não opera mais como em outros anos.

“O Brasil já deixou de fabricar equipamentos que antes produzia, mas ainda tem condições de retomar isso, desde que haja uma continuidade no programa nuclear. Não adianta fazer uma única usina nova”, destacou.

Apesar do lapso de tempo em que a indústria nacional deixou de atender ao setor nuclear e das divergências de várias áreas internas do governo, ele acredita que o Palácio do Planalto esteja próximo de apresentar reformulações neste cenário.

“Estamos otimistas e acreditamos que ainda este ano o governo deva dar uma sinalização de mudança”, disse.

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