EMPRESAS ENVOLVIDAS EM ESQUEMA DA PETROBRÁS NEGOCIAM ACORDO DE LENIÊNCIA COM A CGU

Jorge Hage CGUAs empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, muitas com seus principais executivos presos em Curitiba, tem tentado negociar com a Controladoria-Geral da União (CGU) a assinatura de um acordo de leniência. Os termos das conversas ainda não vieram a público e até o momento não houve uma definição de como poderá ser levado adiante este processo, mas o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage (foto), disse que algumas construtoras fizeram contatos neste sentido.

Hage não revelou os nomes das empresas que procuraram a CGU, por conta de as negociações correrem em sigilo, mas afirmou que espera receber novas informações da Polícia Federal e do Ministério Público para saber com mais detalhes qual foi a participação de cada uma dessas empresas no esquema de corrupção da Petrobrás. Só após este passo, poderá avaliar a assinatura dos acordos.

O ministro falou em conferência, em São Paulo, sobre a Lei da Empresa Limpa (12.846/13), que aumenta a punição para empresas envolvidas em casos de corrupção com agentes públicos. No evento, Hage afirmou que o combate à corrupção no Brasil depende de uma reforma política profunda, incluindo também mudanças no financiamento de campanhas.

Em relação ao caso da SBM, o ministro afirmou que seis funcionários, ex-funcionários ou ex-diretores da Petrobrás estão sendo investigados pela CGU devido ao envolvimento deles em contratos suspeitos, informando que a controladoria não teve acesso às provas colhidas pelo governo holandês. No entanto, disse que, com base na investigação feita pelos seus auditores, a CGU conseguiu colher elementos suficientes para abrir um processo.

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