EMPRÉSTIMO FEDERAL DEVE SER SOLUÇÃO PARA DÍVIDA ENTRE ELETROBRÁS E PETROBRÁS

Uma dívida no valor de R$ 6,1 bilhões das distribuidoras e geradoras de energia controladas pela Eletrobrás com a Petrobrás pode ser quitada através do empréstimo de R$ 6,5 bilhões negociado entre os bancos federais e a estatal elétrica. O débito em questão vem da compra de combustível para as termelétricas que abastecem Manaus e outras cidades do estado.

A dívida das distribuidoras com a Petrobrás saltou de R$ 5 bilhões para R$ 6,1 bilhões entre dezembro de 2013 e março deste ano. Devido à situação, o Conselho de Administração da Petrobrás determinou que a BR Distribuidora só venderia combustível à vista a partir de 1º de julho. Esse prazo foi aumentado até 31 de julho por conta da negociação de empréstimo entre governo e Eletrobrás.

Um primeiro pagamento de R$ 452 milhões será feito pelas subsidiárias da Eletrobrás para a BR Distribuidora, quitando uma primeira parcela da conta atrasada. A companhia elétrica confirmou que a fonte desse recurso é o financiamento de R$ 6,5 bilhões obtido junto aos bancos federais.

O clima entre as duas estatais não é dos mais pacíficos quando se trata desta questão. A Petrobrás toma como base o valor do óleo estabelecido em contratos, enquanto a Eletrobrás considera que deve apenas o valor que é reembolsado pelo governo por meio de um fundo setorial que cobre despesas, como compra de óleo.

O maior receio no momento é uma possível interrupção no abastecimento de energia elétrica em Manaus e nos sistemas isolados da região Norte.  Se um acordo não for alcançado nos próximos dias, o estoque das usinas no Norte para geração de energia pode se esgotar.

As estatais estão avançando nas conversas, com proposta de valores e fluxos de pagamento já sendo negociados.