ENQUANTO NÃO HÁ DECISÃO NOS DEBATES DE VIENA, ISRAEL APRESENTA CENÁRIOS DE ATAQUES AO IRÃ, MAS NÃO DIZ O QUE FARÁ

INTELIGçÊNCIAEnquanto se discute em Viena os termos do acordo com o Irã, Israel não perde tempo e, embora os militares estejam preparando seu banco de alvos e armamentos avançados, ainda seria difícil determinar as consequências de um ataque ao Irã. Os militares israelenses apresentaram à liderança política do país os vários cenários possíveis para atacar alvos no Irã, mas enfatizaram que seria difícil determinar o resultado de tais ataques ou avaliar como isso afetaria o programa nuclear de Teerã. Os militares afirmam que, como parte de seus preparativos nos últimos meses para um possível ataque ao Irã, estão adquirindo armas avançadas, conduzindo exercícios de treinamento da força aérea e coletando novos alvos de ataque para o banco de alvos da Inteligência Militar. O IDF (Força Especial) recebeu um orçamento adicional de US$ 2,9 bilhões para esse propósito.

O MAPA DAS BASES NUCLEARES IRANIANAS

O MAPA DAS BASES NUCLEARES IRANIANAS

Oficiais militares disseram que as IDF estarão prontas para atacar o Irã assim que o governo der sua aprovação. De acordo com os militares, o país também está preparando-se para as consequências de um ataque ao Irã, incluindo uma rodada de confrontos com o Hezbollah no Líbano ou o Hamas, na Faixa de Gaza. Nesse cenário, as IDF estão preparando as bases para fazer os grupos terroristas pagarem um alto preço e obter ganhos significativos nessas frentes. De acordo com a avaliação do IDF, o Irã aumentou e melhorou seu sistema de defesa aérea nos últimos anos, tornando o ataque aéreo mais complexo. Os iranianos também conseguiram aumentar significativamente seu arsenal de mísseis de longo alcance, que podem atingir facilmente qualquer ponto de Israel. Devido a esse desenvolvimento, os militares israelenses assinaram vários contratos no ano passado no valor de bilhões de dólares a fim de expandir e fortalecer a defesa aérea de Israel. As estimativas apresentadas ao governo indicam que, caso o Irã decida construir uma bomba nuclear, poderá atingir essa meta em dois anos.   Isso está amplamente de acordo com avaliações anteriores da inteligência militar de Israel.

O IDF também está trabalhando com parceiros regionais no Egito, Jordânia, Chipre, Grécia e alguns estados do Golfo para reunir inteligência e realizar operações antiterrorismo conjuntas, entre outras atividades operacionais. Oficiais de defesa dizem que essa parceria fortalece os laços entre Israel e seus vizinhos e pode conceder maior legitimidade a uma potencial ação militar israelense no Irã. De acordo com estimativas apresentadas ao sistema de segurança na semana passada, os estados inimigos que confrontam Israel, incluindo a Síria e o Líbano, estão em terríveis dificuldades econômicas e sociais.  CAÇASAo mesmo tempo, o IDF avalia que conseguiu impedir cerca de 70% dos embarques de munições do Irã, Síria e Iraque para o Líbano. Isso forçou os iranianos a transferir munições em remessas menores, às vezes em voos de companhias aéreas civis, de modo que o entrincheiramento do Irã na Síria, bem como o conjunto de mísseis do Hezbollah, foram prejudicados. No entanto, apesar dos contratempos, o IDF acredita que o Hezbollah conseguiu aumentar seu arsenal de mísseis de precisão. Quanto ao Hamas na Faixa de Gaza, o IDF avaliou que a organização sofreu um duro golpe após a última rodada de combates em maio passado. Segundo estimativas, o Hamas começou a reconstruir sua força militar e instalações de produção de foguetes. No entanto, o IDF estima que falhou durante a operação em causar danos significativos ao conjunto de foguetes de longo alcance do Hamas.

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