EPE PREVÊ AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO DAS TÉRMICAS NOS PRÓXIMOS LEILÕES

tolmasquimO planejamento energético do país vem contando cada vez com mais termelétricas em sua base, inclusive com um enorme salto da participação do carvão na matriz, de 1.500 MW para 7.500 MW. Mas nem assim a EPE tem demonstrado mais interesse em dar continuidade ao plano de expansão nuclear. A previsão do governo é contratar uma capacidade instalada de 38.269 MW em geração elétrica nos leilões do período 2014-2018. Desse total, apenas 3.500 MW se referem à energia solar, 14.679 MW serão contratados de hidrelétricas, 9 mil MW da fonte eólica, e 2.380 MW da biomassa.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim (foto), destacou o aumento da perspectiva de participação das térmicas a gás e a carvão no planejamento energético, com um salto de 1.500 MW para 7.500 MW em vendas nos leilões. Os 1.210 MW restantes serão negociados por pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Segundo o presidente da EPE, o governo ainda avalia a realização de um leilão de energia de reserva no segundo semestre.

A estimativa da EPE é que, entre 2014 e 2018, entrem em operação 40.909 MW de potência instalada de usinas. Outra previsão é que 14.400 quilômetros de linhas de transmissão e 56 subestações sejam leiloados em 2014 e 2015, com investimentos de R$ 20,5 bilhões. O próximo leilão está marcado para a próxima sexta-feira (9) e envolverá 3.300 quilômetros de linhas.

A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan) vem alertando o setor para a importância da retomada do programa, com a inclusão de novas usinas no plano nacional de energia, mas o governo não tem dado novos passos para efetivar esse processo, apesar de já ter sinalizado ser a favor dele.

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