EQUADOR AUMENTA MULTA BILIONÁRIA À CHEVRON POR DANOS À FLORESTA AMAZÔNICA

Para a Chevron, o que estava ruim pode ficar ainda pior. A Justiça do Equador aumentou para mais de US$19 bilhões a multa cobrada à companhia por danos ao meio ambiente. A quantia cobrada pelo país andino é US$ 1 bilhão a mais que a sentença inicial da Justiça equatoriana. A Texaco, incorporada à Chevron, foi tida como responsável pela contaminação da floresta amazônica equatoriana, no período entre 1964 e 1990.

A multa bilionária, a maior da história, é resultado de uma década de disputa judicial. Entre os litigantes, está a Assembléia de Afetados, formada por cerca de 30 mil indígenas e fazendeiros. Um valor semelhante de multa contra a companhia, em torno de US$18 bi, já estava previsto desde 2011, por decisão de uma corte do Equador. Porém o valor foi reajustado com base num recurso de cálculo mais apurado.

Na questão sócio-ambiental, a companhia parece estar na contramão mundial. No ano passado, a companhia foi responsável pelo derramamento de 3,7 mil barris de petróleo na Bacia de Campos, no Rio. O valor cobrado à Chevron no Equador é quase quatrocentas vezes maior que os R$50 milhões de multa a ser aplicada à empresa no Brasil.