ESTADOS UNIDOS PROMOVE REUNIÃO COM REPRESENTANTES DA AMÉRICA LATINA PARA DEBATER ENERGIA

Joe BidenO vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), se reunirá com 17 chefes de Estado e governo, ministros, organismos multilaterais de crédito e especialistas nesta segunda-feira (26) buscando livrar os países centro-americanos e caribenhos da dependência da Venezuela, que, através do programa PetroCaribe, oferece petróleo e derivados em condições generosas.

Três objetivos americanos para a região estão em pauta: resgatar o papel de líder e parceiro estratégico; evitar o caos socioeconômico que serviria de impulso adicional ao tráfico de drogas e à imigração ilegal para os EUA; e reduzir o espaço de influência da China.

Esta é apenas a primeira ação que busca reforçar a importância dos Estados Unidos para a América Latina desde a retomada das relações com Cuba. Os países latino-americanos eram críticos ao embargo econômico imposto à ilha socialista.

O programa PetroCaribe se mostra inviável atualmente com a queda do preço do barril de petróleo. A economia venezuelana vem sofrendo há muito tempo, e o modelo de pagamento de 40% do preço a vista e financiamento do restante em 25 anos a 1% ao ano atrapalha mais ainda as finanças do país. O programa contempla 13 países, entre eles Antígua e Barbuda, Belize, Dominica, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua e República Dominicana.

O evento reunindo o vice-presidente americano e representantes latino-americanos está em conformidade com uma iniciativa lançada ano passado pelo próprio Biden, de diversificação e eficiência energéticas. Acontece que pela facilidade em adquirir petróleo, gasolina e diesel, os governos da América Central criaram dependência da Venezuela e engessaram suas matrizes energéticas.

A idéia é mobilizar investimentos privados, fundos públicos e crédito de organismos multilaterais. Uma das soluções apontadas seria os Estados Unidos despachar gás natural imediatamente, já que foram descobertas novas reservas abundantes de gás de xisto.

Além do valor diplomático, o setor privado americano estará ganhando um novo mercado, já que o país é grande produtor de tecnologia e materiais de fontes alternativas, como gás, biocombustíveis, solar e eólica.

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