EX-MINISTRO JORGE HAGE AFIRMA À CPI DA PETROBRÁS QUE CGU NÃO EVITOU INVESTIGAÇÕES SOBRE SBM

Jorge Hage CGUA CPI da Petrobrás recebeu nesta terça-feira o ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage (foto). Diante dos deputados, afirmou que o órgão que comandava não evitou ou protelou de qualquer maneira investigações sobre a empresa holandesa SBM Offshore visando proteger a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Uma acusação nesse sentido foi feita pelo ex-funcionário da companhia holandesa Jonathan Taylor, que entregou às autoridades europeias denúncia de esquema de pagamento de propina pela SBM em diversos países, inclusive o Brasil.

“Não é verdade que se teria protelado a investigação sobre o caso, muito menos por motivação política. Se a denúncia era pública, qual objetivo de esconder a atuação dos órgãos de controle? Pelo contrário, o interesse seria o quanto antes e chegar às punições. Não faria sentido, a meu ver, que se tentasse protelar ou esconder o que se estava investigado”, afirmou o ex-ministro.

O ex-funcionário da SBM foi ouvido no início de outubro, mas somente em novembro a CGU seguiu com as investigações, de acordo com ele. Hage aponta outra cronologia, com investigações sendo iniciadas em fevereiro do ano passado, logo após a primeira notícia sobre suspeita de propina, com instauração de sindicância e auditoria. Em outubro, segundo o depoente, já haviam sido abertos pela CGU processos sancionadores contra seis servidores e ex-servidores da Petrobras, entre eles os ex-diretores da área Internacional Jorge Zelada e Nestor Cerveró e o ex-diretor da área de Serviços e Engenharia Renato Duque.

A não utilização das provas disponibilizadas por Taylor foi uma escolha dado a origem ilícita do material, de acordo com o ex-ministro. Na Holanda, o ex-funcionário é processado pela companhia que trabalhava, acusado de extorsão e retirada de documentos sem autorização.

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