EXECUTIVOS DA ANDRADE GUTIERREZ NEGOCIAM ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA NA LAVA-JATO

Otávio-AzevedoA máquina da Operação Lava-Jato não para de funcionar, e cada vez mais cresce o número de delatores no processo investigativo. Os próximos a aderir à delação premiada podem ser os executivos da Andrade Gutierrez, que vem negociando um acordo com a Polícia Federal (PF) para colaborar nas investigações em troca da redução de suas penas. É o caso do ex-presidente da companhia, Otávio Azevedo (foto), preso desde junho deste ano sob acusações de corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. A empresa, além disso, estuda fechar acordo de leniência junto ao Ministério Público Federal (MPF) para abrandar as punições legais do processo.

O cenário não é fácil para a empreiteira. Envolvida nos esquemas de fraudes em contratos com a Petrobrás, a companhia enfrenta a possibilidade de obter sentenças severas em meio à Lava-Jato. Não à toa, o ex-presidente Azevedo e o executivo da empresa, Elton Negrão, vem se reunindo junto à força-tarefa da operação para acertar um possível acordo de delação, por meio do qual detalhariam à Procuradoria-Geral da República (PGR) os crimes praticados ao longo dos últimos anos.

O depoimento dos executivos permitiria um conhecimento mais aprofundado acerca dos esquemas de propina para obtenção de licitações no mercado, assim como o pagamento de valores em contas no exterior. Atualmente, o acerto para a delação dos empreiteiros aguarda ainda o julgamento de habeas corpus que vem sendo feito pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A tendência, no entanto, é de que as reuniões continuem a ser realizadas para acelerar o entendimento entre os executivos da construtora e os investigadores da operação.

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