FERRAL INVESTE EM PARCERIAS E PREVÊ ASCENSÃO DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS ATÉ 2015

Não há dúvidas de que a indústria de petróleo e gás seja uma das mais promissoras no Brasil. Os efeitos vão tomando proporções para além do país. É o caso da Ferral, instalada há mais de meio século no Brasil e detentora de diversas certificações, a empresa avança na fabricação de equipamentos para este mercado. Com 80 % de conteúdo nacional, ela já trabalha em parceria com a Petrobrás, Technip ,Saipem Sub-sea 7 e negocia contrato com uma empresa inglesa que tem visitado as instalações brasileiras. A empresa esteve presente na OTC 2012 e continua e mantém foco em parcerias internacionais. O técnico comercial, Rodrigo Caetano, conversou com o repórter Estephano Sant’Anna sobre as expectativas da Ferral e o cenário que o Brasil enfrenta quanto à escassez de profissionais qualificados.

Qual o trabalho da Ferral e qual a participação no setor de O&G?

A Ferral existe há mais de 50 anos e atende projetos e fabricação de equipamentos principalmente na área de petróleo e gás tais como: Jumper Spools,Plem’s Plet’s Skids Calços Submarinos, Bóias, Braçadeiras Especias, Cabeça de Testes , Lançadores/Recebedores de Pigs, Vasos de Pressão. Trabalhamos  também com equipamentos de movimentação, transporte , armazenagem de cargas, movimentação de embarcações e equipamentos hidromecânicos. Na área de serviços, a empresa fabrica e aluga Blindagens Metálicas para escoramento de valas muito empregadas na área de instalação de dutos subterrâneos.

Vocês possuem certificações?

Sim, temos três certificações pelo Bureau Veritas. A ISO 9001 que garante nossa qualidade, a ISO14001, por nossa forte gestão ambiental e a OHSAS 18001 que é sobre saúde e segurança dos 80 funcionários que temos. Trabalhamos para empresas que exigem requisitos  criteriosos  de qualidade e certificações como a própria Petrobrás.

Foram vocês que estiveram como parte do projeto de revitalização da Marina da Glória?

Sim. Foi um trabalho muito interessante. Fornecemos um guindaste Derrick capacidade 20 toneladas, para MGX.

Qual a porcentagem de conteúdo nacional nesse trabalho todo?

Atualmente, trabalhamos com 80 % de conteúdo nacional.

Vocês estiveram na OTC deste ano. Que expectativas levaram?

Fomos à OTC para buscar novos parceiros e novos clientes neste ramo. A Ferral já tem como cliente Petrobrás, Technip, Subsea 7, Saipem entre outras. Então estamos buscando novos clientes e parceiros para desenvolver novos produtos.

Com a feira, veio alguma novidade?

Nós  reforçamos nossos contatos com empresas que já atuam no Brasil, recebemos alguns pedidos para orçamento, mas nada foi concluído ainda. Apesar de não fazermos tantos contatos quanto o esperado, a Ferral chamou a atenção de uma empresa holandesa. O presidente da empresa está interessado em trazê-la ao Brasil para conhecer nossas instalações. Não é nada certo, mas representa um avanço.

Mas vocês já possuem parceria com alguma empresa fora do país?

Apenas contatos. Há algumas empresas internacionais que já nos procuram para fazer parcerias. Os executivos visitam a empresa, gostam e começamos a conversar. Mas os contatos ainda não proporcionaram parcerias de fato.

Por quê não?

É da parte deles. Eles estão em processo de instalação no Brasil. O processo está caminhando e estamos para fechar uma parceria com eles ainda em 2012.

Quem são “eles”?

Em função do sigilo solicitado pelas empresas não estamos autorizados a divulga-las, por enquanto.

A Ferral estará em algum outro evento ao longo do ano?

Sim! Iremos participar da Rio Óleo & Gás. As expectativas são quase as mesmas da OTC. O diferente é que teremos contatos com novos possíveis clientes que não estiveram em Houston, tanto internacionais quanto nacionais. É nossa espera.

Como tem sido a demanda para vagas neste ramo, dentro da Ferral?

A demanda de vagas é muito grande e sou obrigado a dizer o que todo o mundo diz no Brasil, não há mão-de-obra qualificada que atenda aos pedidos do mercado. É muito escassa. Minha experiência profissional diz alguma coisa sobre isso. Eu trabalhei na Ferral durante três anos e saí, fui para outra empresa. Voltei com a oferta na área comercial que me oferecia um salário bem melhor enquanto a empresa vivia o alto reflexo da escassez de profissionais qualificados. Hoje, estes profissionais estão em falta no Brasil, mas sou otimista. Acredito que até 2025 esta não será uma das grandes dificuldades do país que terá um mercado rico e muito bem aquecido.

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