FUSÃO ENTRE SCHLUMBERGER E CAMERON RECEBE APROVAÇÃO FINAL E DEVE SER CONCLUÍDA ESTA SEMANA

Paal KibsgaardO mercado global de fornecedores para a cadeia de petróleo e gás está próximo de contar com um novo gigante. Anunciada em agosto do ano passado, a fusão da Cameron com a Schlumberger recebeu nesta semana aprovação irrestrita do Ministério de Comércio da China (MOFCOM), que vinha representando a última barreira para a conclusão do acordo estimado em cerca de US$ 15 bilhões. Diante do novo aval, as empresas planejam anunciar o fechamento do contrato nesta sexta-feira (1), oficializando sua atuação conjunta em projetos no mundo inteiro.

A expectativa é de que a união das duas companhias facilite a sobrevivência em meio à crise, ao passo que juntas são responsáveis hoje pela maior fatia do mercado internacional de óleo e gás e passam a atender a toda a cadeia produtiva do setor. Ao longo de 2015, as receitas somadas das fornecedoras chegaram à marca de US$ 44,3 bilhões, com a Cameron adicionando 20% de vendas à base da Schlumberger.

Anunciado em meio a um cenário de agravamento da crise, o acordo tem como base a criação de uma gigante para fornecer produtos desde as etapas de exploração às fases de produção, ampliando as receitas em uma indústria que vem investindo cada vez menos. “Como buscamos novas formas de ministrar toda a performance do sistema tanto nas áreas de perfuração quanto de produção, tornou-se muito claro para nós que há um enorme potencial em uma integração bem mais próxima entre as partes superficiais e subaquáticas dos sistemas de perfuração e produção”, afirmou o CEO da Schlumberger, Paal Kibsgaard (foto).

O momento, no entanto, ainda vem exigindo uma adequação financeira ao cenário do mercado global que não dá trégua. Em seu balanço do quarto trimestre de 2015, a Schlumberger registrou prejuízo líquido de US$ 1 bilhão, primeiro saldo trimestral negativo em 12 anos, e anunciou a demissão de 10 mil funcionários em suas operações.

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