INDÚSTRIA AMERICANA REDUZ CUSTOS DE EXPLORAÇÃO E DÁ NOVO FÔLEGO AO SHALE

shaleA indústria americana está conseguindo se remodelar para não deixar o mercado de óleo e gás não convencional, principalmente o shale, perder espaço. Para isso, a cadeia de fornecedores do país norte-americano têm reduzido seus custos de maneira geral e agora o setor atingiu novos patamares de competitividade, de forma mais adequada ao barril desvalorizado.

Apesar de ter havido uma queda de 1,2 milhão de barris na produção total dos EUA desde o auge do avanço do shale, ficando em 8,5 milhões de barris produzidos por dia atualmente, análises de consultorias internacionais têm indicado que o breakeven dos projetos não convencionais americanos foi bastante reduzido, permitindo que os produtores mantenham sua atividade enquanto o barril estiver entre US$ 40 e US 50, podendo lidar com até US$ 35 em alguns casos. Ainda assim, há uma grande quantidade de campos que não conseguiram se adequar à realidade abaixo dos US$ 60 por barril.

Alguns projetos, como os da Pioneer Natural Resources, alcançaram um alto nível de competitividade, chegando ao ponto de o diretor da empresa, Scott Sheffield, afirmar que podem encarar qualquer ativo da Arábia Saudita. Nas contas dele, os custos de produção antes dos impostos na bacia do Oeste do Texas chegaram a US$ 2,25 por barril.

Com isso, as estimativas indicam que mesmo com o barril abaixo de US$ 55, a bacia do Texas possa ampliar sua produção em até 3 milhões de barris por dia ao longo dos próximos anos. O aumento do uso de sondas nas últimas semanas também reflete essa recuperação parcial do mercado de shale, onde muitas unidades têm sido usadas para perfurar até seis poços de um mesmo campo.

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