INDÚSTRIA DE PETRÓLEO ENFRENTA NOVAS RESTRIÇÕES PARA CONSEGUIR CRÉDITO

fpsoSe já foi difícil para as petroleiras conseguirem readequar suas operações para o cenário de preços baixos do barril de petróleo, o equacionamento das dívidas ficou ainda mais complicado. Com a crise no setor, os grandes bancos apertaram o cerco e estão aumentando o rigor na hora de conceder créditos a companhias do segmento de óleo e gás, além de o mercado de capitais ter fechado boa parte das torneiras para a compra de títulos.

Para se ter uma ideia, no segundo trimestre deste ano, a indústria de petróleo americana captou apenas US$ 280 milhões em títulos emitidos, o menor patamar desde o período da crise de 2008 a 2009. Além disso, em empréstimos, foram concedidos apenas US$ 10,7 bilhões, o volume mais baixo em dois anos e meio, segundo dados do Financial Times.

Para efeito de comparação, levando-se em conta ao ritmo de crescimento acelerado em que vinha avançando a indústria de exploração e produção americana, entre 2007 e 2014, o setor havia arrecadado US$ 860 bilhões com a venda de títulos e empréstimos bancários. Como o barril despencou, muitos projetos foram cancelados e diversas empresas – cerca de 130 só nos EUA – precisaram pedir falência.

O cenário vem acompanhado de muitos cortes de custos, mas ainda assim os gastos com as operações ainda demandam muito capital. O resultado é que linhas de crédito que antes abundavam, com a expectativa de alto retorno, agora encolhem significativamente. Concessões que no auge do valor do barril poderiam chegar a US$ 3 bilhões, hoje ficam entre US$ 600 milhões e US$ 1 bilhão, de acordo com análises de grandes bancos.

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