INDÚSTRIA SIDERÚRGICA DEVE DEMITIR MAIS DE QUATRO MIL TRABALHADORES AINDA EM 2015

Marco Polo de Mello LopesO momento da economia nacional é ruim. Companhias de diversos setores passam por reformulações e tentam encontrar um novo equilíbrio no cenário atual. A indústria siderúrgica não escapa a regra e mais de 4 mil pessoas devem perder seus empregos no segmento,  ainda este ano. A previsão é do Instituto Aço Brasil, que contabiliza cerca de US$ 2,1 bilhões de investimentos adiados em 2015.

De acordo com o presidente do instituto, Marco Polo de Mello Lopes (foto), nos últimos 12 meses, 11,8 mil trabalhadores perderam seus empregos e outros 1,4 mil foram colocados em “lay off”, medida que passou a ser bastante utilizada no Brasil, na qual o contrato de trabalho dos funcionários é suspenso por até cinco meses. Durante esse tempo, eles podem fazer cursos de qualificação, recebem seguro desemprego do governo e, em alguns casos, as empresas complementam os salários. Mas para isso, tem que ser negociado com os sindicatos.

A produção de aço bruto no Brasil deve apresentar queda neste ano, de acordo com os dados do instituto. A previsão é de que sejam produzidas 32,8 milhões de toneladas, uma redução de 3,4% em relação a 2014. Além da produção, as vendas internas também devem diminuir em 15,6%.

As companhias do setor já estão se movimentando para superar este momento. A ThyssenKrupp, por exemplo, está avaliando um desinvestimento no Brasil, com a venda das suas ações na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) também estuda vender ativos, como a participação na Usiminas.

Além de vender ativos, as companhias siderúrgicas estão pressionando o governo para que sejam criadas medidas de proteção contra o aço importado, principalmente o chinês, e uma redução na alíquota do Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários), hoje em torno de 3%.

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