INVESTIMENTOS EM EFICIÊNCIA AMPLIAM DEMANDAS POR SERVIÇOS DE TI NO SETOR ENERGÉTICO

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –

Andre Leite_2Ao passo que freia investimentos e aposta na ampliação da eficiência operacional, a indústria de petróleo vem impulsionando, ao longo dos últimos meses, uma nova onda de negócios para empresas especializadas em gestão de sistemas. As demandas seguem crescendo por soluções que mitiguem riscos e diminuam custos, e é nesse mercado que vêm atuando hoje companhias como a Sonda IT, que amplia cada vez mais seus aportes no Brasil e busca novas parcerias para crescer no setor energético com ofertas para sustentação de sistemas e suporte tecnológico. Tendo a Petrobrás como sua maior cliente, a empresa movimenta hoje cerca de R$ 300 milhões por ano no segmento, que já representa 25% de seu faturamento e pode alcançar um patamar ainda mais alto com novos projetos na cadeia nacional de distribuidores de energia. De acordo com o diretor executivo da Sonda IT, André Leite, este deverá ser um dos principais focos para os próximos anos na empresa, que vem se adaptando para atender a projetos de concessionárias e prestadoras de serviços no setor. O objetivo é firmar novos contratos para dar continuidade à expansão de parcerias na indústria energética, que hoje vem garantindo o protagonismo do Brasil no plano de investimentos da empresa. Segundo Leite, algumas negociações para serviços de modernização já se encontram em estado avançado e devem resultar em acordos ainda este ano. “A Sonda IT, apesar da crise, continua vendo o país como o principal centro de desenvolvimento com oportunidade de crescer na América Latina, então grande parte dos projetos deve vir para o Brasil.”

Quais são os principais projetos da Sonda IT no Brasil?

A empresa é estruturada em vários segmentos e temos diversos parceiros no país. No total, contamos com cerca de 900 clientes ativos, com atuação no segmento industrial e contratos importantes com a Petrobrás, que é nossa maior cliente. Nesse cenário de crise, nós conseguimos identificar soluções para diferentes segmentos. Alguns setores estão penalizados, mas geram oportunidades de eficiência e precisam se reinventar completamente. A vantagem de termos clientes em vários setores é que podemos diminuir nossos riscos e pensar novas estratégias.

Como é o projeto desenvolvido com a Petrobrás?

Nós fazemos vários serviços de sustentação de sistemas, e somos hoje o principal fornecedor de SAP da Petrobrás. Fazemos melhorias e damos suporte, com um portfólio grande de aplicações. Também atendemos a outras empresas do grupo, e hoje temos quase 700 profissionais dedicados só aos serviços da Petrobrás. O contrato de sustentação de sistemas nós temos também com a Supergasbras, e esse é um segmento importante para nós. Agora queremos avançar na linha dos distribuidores; temos perfil para atender a concessionárias e empresas de serviços também.

Que projetos foram desenvolvidos nesse setor?

Nós temos essa parceria muito forte com a Petrobrás e empresas ligadas a ela, além de energia de distribuição, GLV e gás encanado. Na parceria com a Supergasbras fizemos a modernização de 67 fábricas, com um contrato de dois anos para a melhoria de sistemas, soluções de logística para combustíveis e televendas. É um projeto bem completo. Temos uma boa presença nesse segmento, com clientes como a Comgás e outros mais.

Quais têm sido as principais demandas hoje no setor energético?

Nós vemos hoje que essas empresas têm uma dificuldade muito grande de modernização tecnológica por causa da crise. Por isso buscamos transformar nossas ofertas em serviços de valor agregado, desde a modernização de tecnologias de informação (TI) até televendas e oferta de combustíveis. O que temos para oferecer é a redução de custos e o aumento na eficiência operacional. Outra linha é transformar projetos de TI em serviços de infraestrutura. Por exemplo, com tudo que envolve a estrutura de IT, rede, cabeamento e sistemas, nós conseguimos oferecer uma solução completa para o cliente começar a pagar já com a solução implantada. No atual cenário, isso acaba sendo uma alternativa para as empresas se modernizarem.

Quanto esse segmento representa para a Sonda IT?

Somando os contratos da Petrobrás e de outras empresas de energia e utilities, aproximadamente 25% do nosso faturamento. Nós movimentamos cerca de R$ 300 milhões por ano com esse segmento.

Qual é a perspectiva de crescimento da empresa para este ano?

No ano passado, nós crescemos quase 10% em moeda local, com nosso faturamento em reais, mas sofremos o efeito do câmbio. Esperamos um resultado parecido este ano, mas não sabemos o que vai acontecer em relação ao câmbio, porque fechamos o ano com o dólar bem mais alto.

A tendência é de que a empresa amplie suas operações no Brasil?

Quem apresentar melhoras oportunidades de investimentos vai atrair dinheiro. Analisando o último triênio, o Brasil recebeu mais de 70% desse investimento em projetos estratégicos, com aquisições e modernizações. A Sonda IT, apesar da crise, continua vendo o país como o principal centro de desenvolvimento com oportunidade de crescer na América Latina, então grande parte dos projetos deve vir para o Brasil sim. Já existem oportunidades de modernização bem avançadas que podem trazer novidades este ano.

Como a crise impactou o direcionamento de projetos da companhia?

Os investimentos em novos projetos sofrem impacto direto da crise, porque as empresas ficam mais conservadoras e pisam no freio. Hoje nós vemos muitas oportunidades de eficiência e redução de custos. Nós oferecemos um estudo onde consolidamos vários serviços da Sonda, mostrando que reduzem gastos e otimizam. Essa é uma oportunidade que vem da crise.

Como é feito esse estudo para redução de custos?

Depende de cada caso. O cliente assina um termo de confidencialidade e temos um time de integração que faz o diagnóstico, com investimento nosso. A partir dele, apresentamos oportunidades, discutimos prioridades e o que faz sentido mudar. Muitas vezes não se trata de uma simples redução de custos, mas de uma mudança de conceito. Nós transformamos alguns projetos em serviços, terceirizamos alguns setores e consolidamos fornecedores, com possibilidades variando em cada caso.

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Matheus Santiago
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TI é uma área que só tende a crescer com o passar dos anos, muito bom ver este tipo de investimentos afetarem positivamente esta área de conhecimento.