JUSTIÇA HOMOLOGA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA DE MÁRIO GOES

Mário GoesA classe política deve se preparar para novos impactos com o caminhar das novas delações na Operação Lava-Jato. O juiz federal Sérgio Moro homologou um acordo de delação premiada com Mário Goes (foto), empresário que atuava como operador no esquema de propina das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez. Dono Rio Marine Óleo e Gás da Mago Consultoria, o executivo vem prestando depoimentos ao longo dos últimos dias acerca de repasses feitos ao ex-gerente de Serviços da Petrobrás, Pedro Barusco, além de negociações com diversas empresas. As declarações de Goes, que deverá ficar em regime de prisão domiciliar, vêm gerando grande expectativa por envolver diretamente o nome de políticos.

O acordo de delação foi fechado com a Justiça no último dia 27, e nesta semana foi homologado por Moro. A delação de Goes tem ido de encontro às declarações de Barusco e exposto as formas pelas quais a propina era paga no esquema da estatal. Segundo o executivo, os pagamentos eram feitos por meio de contratos de prestação de serviços da Rio Marine, por depósitos feitos no exterior e por repasse de dinheiro vivo no Brasil. Ele afirma que a maior parte dos valores recebidos por ele foram depositados em contas na Suiça.

Os depoimentos de Goes citam também pagamentos realizados pela UTC e entregues por Ricardo Pessoa, além do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho e Antonio Campello, da Andrade Gutierrez. O executivo afirma que recebeu de Campello em torno de R$ 100 mil a R$ 200 mil nos encontros. Goes também afirma ter sido utilizado para repassar propina em esquema do consórcio PRA-1, formado por Odebrecht e UTC.

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