MOODY’S REBAIXA NOTAS DE CRÉDITO DA CHEVRON, TOTAL E SHELL

ChevronA crise da indústria de petróleo não vem dando trégua e os impactos crescem hoje sobre as maiores produtoras do mundo, sem contar com sinais de melhora para os próximos meses. Com base na derrocada recente do preço do barril, a agência de classificação Moody’s rebaixou a nota de crédito das petroleiras Chevron, Shell e Total, que enfrentam agora novas preocupações a respeito da alavancagem financeira no atual cenário. A mudança, que reduziu em um nível o status da Chevron e da Shell e em dois níveis a Total, teve como base previsões de caixa e prejuízo no segmento pelos próximos meses.

Embora já venha sendo sinalizada, uma retomada do mercado global de petróleo não deverá acontecer no médio prazo, segundo a agência. De acordo com o relatório publicado esta semana, a Chevron irá registrar fluxo de caixa negativo ao menos nos próximos dois anos diante de sua dívida crescente, o que reduz hoje sua nota para Aa2. O nível é o mesmo que passa a ter agora a anglo-holandesa Shell, que deverá enfrentar uma alavancagem elevada em consequência da aquisição do grupo BG.

A francesa Total, por sua vez, caiu para o patamar Aa3, devido à expectativa de permanência dos baixos preços do barril e de aumento da pressão sobre as operações da companhia, que hoje lida com maiores perdas financeiras em suas atividades. A queda na classificação de crédito vem se espalhando pelo setor, ao passo que a cotação do petróleo faz encolher o fluxo de caixa das petroleiras e limita hoje a capacidade de sustentar pagamentos de dívida.

Em seu relatório, a Moody’s prevê que os preços do insumo deverão permanecer em níveis reduzidos no médio prazo. No último mês de dezembro, foi a vez da Petrobrás ter sua classificação rebaixada pela agência, caindo para o nível Ba3 e incluída no chamado “Grau Especulativo”.

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