NIPLAN MIRA EM NOVOS NEGÓCIOS EM ÓLEO E GÁS NO OFFSHORE E EM MANUTENÇÃO

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

520004ddde2f8-020111_brazil_brancoO setor offshore está na mira dos novos negócios da Niplan para o futuro, principalmente por conta dos investimentos que este setor receberá nos próximos anos. O presidente da companhia, Nelson Branco Marchetti, contou que um dos projetos da Niplan para o universo offshore, a construção de módulos para a plataforma P-77, deverá ser concluído já no primeiro semestre do próximo ano. “Tão logo a Petrobrás consiga se recapitalizar, e também as empresas internacionais desenvolvam alianças, parcerias e compras de regiões e divisões da estatal, a gente vislumbra um potencial muito grande, no médio e longo prazos”, explicou o executivo. Ainda no setor de óleo e gás, a empresa também mira o setor de manutenção, principalmente neste momento de crise, quando este segmento acaba gerando muitos negócios. Mas a Niplan não está apenas de olho no mercado de petróleo. Os setores de mineração e celulose, atualmente os principais para a companhia, também estão no radar.

Em que fase está o projeto de construção de módulos para o consórcio QGI?

Nós começamos recentemente esse projeto no Rio Grande (RS). Os dois módulos são para a plataforma P-77. Teremos aí um trabalho que vai até o final do primeiro semestre de 2017. A empresa está muito satisfeita com essa oportunidade, porque coloca a Niplan como empresa montadora de módulos offshore. Para nós, é uma oportunidade bem-vinda.

A empresa pretende focar no setor offshore?

Na verdade o que a gente vislumbra, não é só o offshore, mas onshore também. O mercado sofreu uma retração muito grande nos últimos dois anos. Tão logo a Petrobrás consiga se recapitalizar, e também as empresas internacionais desenvolvam alianças, parcerias e compras de regiões e divisões da estatal, a gente vislumbra um potencial muito grande, no médio e longo prazos. O país vai demandar combustíveis fósseis por muito tempo. É um setor que vai continuar vivo e pujante por muitos anos.

E como está o andamento do contrato de manutenção com a Transpetro?

Vamos com estes trabalhos até 2018. Estamos desenvolvendo há um ano. É um trabalho bem interessante, que estamos desempenhando de acordo com as expectativas da Transpetro. O setor de manutenção está muito positivo. A gente vislumbra que enquanto a crise persistir, a manutenção vai ser bastante importante para nós. Estamos com negócios há vários anos. Temos clientes que estamos desenvolvendo contratos há mais de 12 anos. É um negócio que a Niplan tem em seu DNA e queremos mais, porque o mercado tende a proporcionar novas oportunidades.

Como a Niplan planeja crescer no setor de óleo e gás no médio e longo prazo?

A Niplan vislumbra a manutenção de pequenos projetos. O grandes projetos vão demorar um pouco mais a saírem por parte da Petrobrás. O mundo offshore também vai demandar investimentos, para que o Brasil se torne autossuficiente de forma sustentável. Não adianta ser autossuficiente apenas por um período. O governo brasileiro tem como meta essa autossuficiência. Por isso, esse setor vai demandar investimentos também. 

Hoje quanto representa em faturamento o setor de óleo e gás?

A Niplan sempre buscou a diversificação. Hoje, o setor de óleo e gás representa 8% da empresa. Os nossos principais mercados são mineração e papel e celulose.

E no setor de mineração? Quais são as expectativas dentro deste mercado?

Tínhamos projetos com a Anglo American e ganhamos mais recentemente quatro projetos na Vale. Nós acreditamos que com a recuperação do preço dos minerais e do minério de ferro, a Vale deve voltar a investir. Com a recuperação de minério, a empresa deve desenvolver um programa de investimentos maior.

Em relação ao segmento de celulose, quais são os planos da Niplan?

Nós vamos continuar mantendo atenção total. Acredito que virão novos empreendimentos. É um mercado que está tendo demanda importante no mundo, vai exigir demanda e por, consequência, investimentos.

Pode mencionar algum projeto nesse setor que esteja em andamento?

Um deles é com a Fibria, a montagem eletromecânica do BOP 2 (Balance of Plant) do Projeto Horizonte 2, para construção de uma linha de produção de celulose na unidade da Fibria em Três Lagoas (MS). São negócios que estarão concluídos no primeiro semestre de 2017. O mercado de celulose vem tendo um nível de investimento bastante alto desde meados de 2014. Esses investimentos foram muito importantes, principalmente no período de recessão.

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