NOVA GERAÇÃO DE FPSOS DE BÚZIOS TERÁ INOVAÇÕES NA ENGENHARIA DO CASCO E NOS SISTEMAS DE TOPSIDE

d3e01e0404ba825417093cb62d0d56a5O já sempre em evidência campo de Búzios, no pré-sal de Bacia de Santos, tem ganhado um destaque a mais nesta semana de OTC Houston 2021. A Petrobrás, como se sabe, ganhou durante o evento o Distinguished Achievement Award for Companies, o principal prêmio da indústria offshore, por conta das inovações tecnológicas implementadas na exploração e produção do campo. Atualmente com quatro unidades em produção, Búzios deve receber até oito novos navios-plataformas ao longo dos próximos 10 anos. Uma parte dessa nova geração de FPSOs da área já está contratada (P-78 e P-79) ou ainda em processo de contratação (P-80). Com as lições aprendidas nas primeiras plataformas do campo, a Petrobrás desenvolveu uma série de conceitos que visam a melhoria contínua e padronização dessas futuras unidades. Os detalhes da nova geração de FPSOs foram apresentados durante a OTC pelo gerente geral de construção, montagem e comissionamento de unidades da Petrobrás na Bacia de Santos, Marcio Mattoso.

Durante uma apresentação para apresentar as tecnologias e perspectivas para a próxima geração de FPSOs da empresa, Mattoso disse que as novas unidades de produção precisam lidar com a redução do contaminante sulfeto de hidrogênio (H2S), saindo de cerca de 200 ppm para 5 ppm, a fim de permitir a exportação de gás em dutos submarinos. Por isso, os novos FPSOs da estatal terão um sistema de absorção de amina, que já é utilizado em outras unidades da Petrobrás, com boas experiências colhidas até aqui. A companhia também trabalha no desenvolvimento de uma membrana para remoção de H2S. “Para o futuro próximo, nós pretendemos usar membranas multipropósito com uma nova tecnologia. Estamos trabalhando com o mercado para fazer isso tornar-se realidade. É nosso propósito para o médio prazo no futuro”, detalhou Mattoso.

O gerente da petroleira também explicou sobre as novidades nos próximos cascos dos futuros FPSOs de Búzios. A Petrobrás já tem experiência anterior no uso de padronização de cascos com os FPSOs Replicantes (P-66 a P-71). Quando estiver com as duas 12 plataformas de Búzios em ação, a produção do campo poderá ultrapassar o patamar de 2 milhões de barris por dia. Antes disso, em 2025, a área já será responsável por 36% da produção da estatal no pré-sal.

Em Búzios, um grande volume de óleo recuperável requer um topside complexo associado com uma grande capacidade de produção do FPSO. A capacidade de armazenar o óleo produzido se torna uma questão chave em relação à logística de descarregamento. O casco corresponde a cerca de 80% do peso do FPSO que, no caso de Búzios, tem uma vida útil esperada de 30 anos. Por isso, decidimos desenvolver cascos padronizados com alta capacidade”, afirmou Mattoso.

O executivo mencionou ainda que um destaque no desenvolvimento dessa solução de engenharia para a próxima geração de FPSOs foi o uso massivo de ferramentas digitais, algumas delas desenvolvidas internamente na Petrobrás, permitindo em um futuro próximo uma menor duração de quaisquer pequenas adaptações. “Estimamos que reduzimos em 50% o tempo de desenvolvimento na engenharia do casco em relação aos convencionais”, completou.

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