DEPOIS DA REUNIÃO SOBRE A GUIANA, O DITADOR MADURO É RECEBIDO COMO HERÓI NA VOLTA À CARACAS COM TRANSMISSÃO AO VIVO PELA TV

AADUROA possibilidade da entrada de bases dos Estados Unidos e do Reino Unido em defesa da Guiana, fez o ditador venezuelano Nicolás Maduro capitular. Depois da reunião entre os dois países, ele  agradeceu ao Presidente da Guiana, Irfaan Ali, o que ela chamou de “franqueza na reunião em São Vicente e Granadinas sobre a polêmica sobre Essequibo”, um território de quase 160 mil quilômetros quadrados disputado pelos dois países. Os dois líderes concordaram em não se ameaçarem, nem usar a força em nenhuma circunstância, inclusive aquelas relacionadas a esta área. O ditador, que nos últimos meses acusou Ali de ser um fantoche provocador da petrolífera americana ExxonMobil, de se ter colocado no comando dos Estados Unidos e de ser um instrumento do Comando Sul, agradeceu ao líder da Guiana pela sua disponibilidade dialogar de forma ampla em todos os temas que abordavam diretamente. Ao jornal El Nacional, de Caracas, o ditador disse: “Senti-me muito satisfeito por poder estar cara a cara, como queria há muito tempo, com o presidente da Guiana“, no aeroporto internacional de Maiquetía, que serve Caracas, a poucos minutos depois da reunião. A chegada de Maduro  de volta a Venezuela, foi transmitida ao vivo pelo canal estatal VTV, como se fosse a chegada de um herói.  O ditador garantiu que o dia tão importante de quinta-feira 14) “ foi fecundo e intenso, embora, às vezes, tenso, apesar das partes terem conseguido falar a verdade.”

De acordo com a declaração conjunta,   ambos os países comprometeram-se a continuar o diálogo sobre quaisquer outras questões pendentes de importância mútua e aencontro abster-se, “mas se em palavras ou ações, para intensificar qualquer conflito ou desacordo decorrente de qualquer controvérsia.” Caracas e Georgetown também concordaram em estabelecer imediatamente uma comissão conjunta com os seus respectivos ministros dos Negócios Estrangeiros e técnicos para abordar questões mutuamente acordadas, e devem apresentar uma atualização a Maduro e Ali no prazo de três meses.

Ambos os governos pretendem realizar uma reunião no Brasil no próximo trimestre, ou em outro local  acordado, para abordar quaisquer questões com implicações para Essequibo, segundo o comunicado. Para lembrar, a controvérsia aumentou depois que a Venezuela aprovou, em 3 de dezembro, em um referendo unilateral – que pretendia ser vinculativo – a anexação da área disputada, sob controle de Georgetown, e o governo Maduro ordenou a instalação de uma divisão militar perto da área disputada. momento, bem como a modificação do mapa oficial venezuelano, ao qual foi anexada a Guiana Esequiba.

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