TRABALHADORES DEVEM DECIDIR SÓ NA SEGUNDA O FUTURO DA GREVE NO COMPERJ

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A decisão sobre a continuidade ou o fim da greve no Comperj, que já dura 20 dias, deve sair só na segunda-feira (10), após a assembleia marcada pelos trabalhadores. De acordo com o Sinticom, serão discutidos o retorno ao trabalho e as propostas oferecidas à categoria. As empresas responsáveis pelas obras sinalizaram aumento de 7% nos salários.

Um novo episódio de tensão envolvendo a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ), aconteceu nesta semana. Desta vez, um ônibus utilizado para transporte de funcionários da obra foi incendiado durante uma manifestação dos operários do complexo.

O incidente ocorreu na Rodovia RJ-116 e segundo informações da Polícia Militar, ninguém ficou ferido. O presidente do sindicato dos trabalhadores de São Gonçalo, Itaboraí e região (Sinticom), Manoel Vaz, repudiou a ação e pediu a apuração do fato. O sindicalista também disse que os operários em greve não têm a interferência do Sinticom em razão de uma ação judicial. “O meu papel, hoje e amanhã, como dirigente sindical é tentar costurar uma proposta viável para ser submetida à assembleia”, afirmou.

A greve no Comperj começou no mês de fevereiro, com os operários reivindicando reajuste salarial de 11,5% e aumento do valor do vale-alimentação. Na semana passada, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT) julgou ilegal o movimento grevista e determinou a retomada dos trabalhos no Comperj. Atualmente, estima-se que quase 20 mil funcionários, dos 28 mil operários do projeto, aderiram à greve.

Procurada pelo Petronoticías, a Petrobrás informou que acompanha as negociações entre trabalhadores e empresas. Além disso, a estatal afirmou que vai avaliar possíveis impactos ao empreendimento após a normalização dos trabalhos para implementar medidas mitigadoras, se necessário.

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