OS LEILÕES DA ANP E O FIM DO OLHO GORDO PELOS ROYALTIES

Por José Luiz Freijanes / Vereador de Mangaratiba –

Os reflexos da 11ª Rodada de Licitações, que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) capitaneou no Rio de Janeiro, trouxeram muito mais luz para o mercado de petróleo do que podíamos imaginar. Essa luz não se limitou apenas a clarear os novos investimentos para este segmento e animar a cadeia de fornecedores de produtos e serviços. Nacionais e estrangeiros. Com o foco em uma nova fronteira exploratória, ela fez mais do que isso. Provocou um novo pensamento na ganância dos que estão de olho gordo nos royalties do petróleo do Espírito Santo, de São Paulo e, principalmente, do Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do Brasil. O petróleo traz riquezas, mas com ele também chega a necessidade de investimentos para se evitarem mazelas para  a população. O dinheiro precisa ser investido em saneamento básico, escolas, saúde, transporte etc.

Acredito que essas novas fronteiras trarão, num futuro próximo, mais paz para o governador Sérgio Cabral, que, não demora, começará a ouvir discursos de apoio a defesa que sempre fez dos royalties do petróleo. Esse novo apoio nascerá dos ventos oriundos do norte e nordeste do país. Não por consciência, mas de ventos políticos que passarão a temer a mão grande nas receitas que virão das profundezas das águas geladas do litoral de seus Estados, ricos em petróleo e gás, mas ainda inexplorados.

O Estado do Rio de Janeiro terá mais paz, porque os que defendiam a divisão injustificável das nossas riquezas, vão se apressar a mudar o discurso preventivamente ao defender as riquezas através dos royalties que os seus Estados passarão a receber depois do aumento dos investimentos feitos na região e o que eles proporcionarão para toda população local.

Neste campo, nós, da Costa Verde do Rio de Janeiro, que já temos alguns grandes investimentos oriundos do petróleo através de portos, estaleiros, terminais de petróleo, também temos que ficar atentos às novas oportunidades. E elas aumentarão. Entre todos os municípios, Mangaratiba é o que mais pode contribuir para a expansão dessas novas oportunidades neste segmento.

Precisamos estar atentos e nos antecipar no que diz respeito ao treinamento de mão de obra, organizando cursos especializados para diversas atividades que podem dar suporte às empresas que já estão instaladas e que se instalarão na região. É isso que precisamos fazer. Atender às necessidades e estarmos prontos para contribuir.

Neste particular, poucos ou nenhum governo estadual tem sido tão atento e eficiente. São gigantescos e corajosos os investimentos que têm sido feitos para fazer frente às necessidades da população fluminense e tornar o Rio aberto aos olhos do mundo, a partir dos grandes eventos internacionais que o Rio sediará em várias frentes: religiosa, esportiva, cultural, econômica.

Mas ainda há muito mais por vir. Ainda este ano, a ANP vai realizar outros leilões de áreas. Isso fará muito bem à nossa economia. Não só à economia do país, dos Estados, dos municípios. Mas àquela economia que a gente conhece muito bem. Aquela por qual todos nós lutamos: o bem estar da nossa população. Permitam-me aqui lembrar um velho pensamento de Sêneca, o grande filósofo do Império Romano, que pode refletir e resumir, ainda hoje, o momento que estamos vivendo na nossa economia: “O esforço chama sempre pelos melhores”.

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