PETROBRÁS PRETENDE SAIR DAS ÁREAS DE BIOCOMBUSTÍVEIS, PETROQUÍMICA, FERTILIZANTES E DISTRIBUIÇÃO DE GLP

LiquigasO feirão da Petrobrás, que ganhou corpo nos últimos meses, parece estar só no começo. A estatal pretende acelerar a venda de ativos daqui para frente, com o objetivo de arrecadar US$ 19,5 bilhões entre 2017 e 2018, como uma das formas de reduzir o endividamento. Nessa nova linha estratégica, já está decidida a saída das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP, produção de fertilizantes e das participações em petroquímica.

O foco da companhia será quase que exclusivamente voltado à exploração e produção de petróleo e gás, responsável por 82% do plano de investimentos até 2021. O segmento de refino deverá trazer poucas novidades, apenas com as obras necessárias para a conclusão das primeiras unidades do Comperj e da Rnest, enquanto que o segundo trem de cada uma das refinarias deverá continuar em compasso de espera.

Além disso, a venda de participações em negócios, subsidiárias e projetos deverá alcançar todas as áreas da companhia, já que na divulgação do plano de investimentos a estatal afirma também que buscará “crescentes parcerias estratégicas” nas divisões de Exploração e Produção, Refino, Transporte, Logística, Distribuição e Comercialização.

A Petrobrás também lembra o segmento de gás, que vem sendo alvo de maior interesse do governo e da indústria, para que haja um desenvolvimento mais intenso desse mercado, ainda pouco aproveitado no País. Neste setor, o objetivo é “adequar a participação da companhia”, enquanto que no setor de energia a estratégia é “reorganizar as participações societárias”.

Até o momento, a estatal já se desfez de uma série de ativos, como o campo de Carcará – uma das maiores descobertas de petróleo dos últimos tempos –, para a Statoil, por US$ 2,5 bilhões; a Petrobrás Argentina (PESA), para a Pampa Energía, por US$ 897 milhões; a participação de 49% de participação na Gaspetro, por R$ 1,93 bilhão, para a Mitsui; a rede de gasodutos do Sudeste, por US$ 5,2 bilhões, para a Brookfield (ainda em fase de finalização); a Petrobras Chile Distribuición (PCD), por US$ 464 milhões, para a Southern Cross, dentre outros negócios.

Além disso, a companhia já anunciou que está negociando a venda de 51% da BR Distribuidora, e de suas participações na Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape), na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) e na Liquigás.

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