PETROBRÁS REDUZ PRODUÇÃO E JORNADA DE TRABALHO PARA ENFRENTAR A “PIOR CRISE DOS ÚLTIMOS 100 ANOS” DO SETOR DE O&G

size_960_16_9_petrobras397A direção da Petrobrás comunicou ao mercado nesta quarta-feira (1º) que o momento atual no setor de O&G representa a “pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos”. E para enfrentar esses tempos difíceis, a companhia anunciou, pela manhã, novas medidas para redução da produção de petróleo, postergação de desembolso de caixa e redução da jornada de trabalho para cortar custos de pessoal.

Para começar, o primeiro passo dado pela estatal foi a redução de 200.000 barris diários na produção de petróleo a partir de hoje. Esse volume inclui o primeiro corte anunciado pela companhia no último dia 26. A empresa diz que na hora de definir quais serão os campos que terão produção reduzida, levará em conta condições mercadológicas e operacionais. “A duração da restrição, assim como potenciais aumentos ou diminuições, será continuamente avaliada”, detalhou a companhia.

Assim como outras grandes petroleiras globais, a Petrobrás também vai fechar o bolso e cortar despesas operacionais. A empresa prevê poupar aproximadamente R$ 700 milhões em despesas com pessoal e anunciou as seguintes medidas:

  • Postergação do pagamento, entre 10% a 30%, da remuneração mensal de demais empregados com função gratificada (gerentes, coordenadores, consultores e supervisores);
  • Mudança temporária de regimes de turno e de sobreaviso para regime administrativo de cerca de 3,2 mil empregados;
  • Redução temporária da jornada de trabalho, de 8 horas para 6 horas, de cerca de 21 mil empregados.

Por fim, a companhia ainda declarou que está ajustando o processamento de suas refinarias, em linha com a demanda por combustíveis, e que sua subsidiária Transpetro adotou medidas para reduzir a estrutura de custos em R$ 507 milhões em 2020.

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Luciano Seixas Chagas

Concentraram as atividades em E&P e, na crise perde as receitas da distribuição, do transporte e do refino de custos fixos. Não foi por falta de aviso. Também senão acabar coma famigerada PPI que só ajuda empresas alhures, não precisaria desativar a produção penalizando o brasileiro. Como os custos de cabotagem são fixos e com o Brent a R$25 crescidos aos 15% do custo de internação, o petróleo no Brasil tem preço de R$ 28,75. Como as produções instaladas dos EUA estão sobrando, face a crise de oferta ainda será conveniente eles exportarem para nós a produção instalada, enquanto hibernam… Read more »

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[…] se prepara para reduzir a sua produção em 200 mil barris diários, a Petrobrás garante que isso não vai resultar em demissões em massa. Segundo o presidente da […]