PETROBRÁS REDUZIU CUSTO DE EXTRAÇÃO NO PRÉ-SAL PARA US$ 2 E AVANÇOU NAS OBRAS DOS FPSOS DE MERO E SÉPIA

p70A Petrobrás está em uma trajetória constante para reduzir cada vez mais seus custos de extração de petróleo, ainda mais no cenário desafiador que as operadoras estão enfrentando no cenário de pandemia. Ao longo dos últimos meses, a companhia brasileira conseguiu ir além nesse objetivo, reduzindo para US$ 2,27 por barril o custo de extração na camada pré-sal no terceiro trimestre, sem contar com as despesas de afretamento de plataforma. O número representa uma queda de 5% em relação ao lifting cost verificado entre abril e junho (US$ 2,39 por barril). Em relação ao mesmo intervalo do ano passado, a queda é ainda maior: – 23,2%.

A empresa explica que continua observando a manutenção de baixos custos unitários por conta da estabilização dos novos sistemas de produção na camada do pré-sal. O destaque fica para as plataformas de Búzios, que apresentam altas produtividades e custos muito competitivos. A queda de 5% no custo de extração nos poços do pré-sal se deu, sobretudo, pelo aumento da produção no campo.

Se considerarmos todos os campos da Petrobrás  (incluindo os ativos em águas rasas, pós-sal e terrestres), o custo total de extração da companhia no terceiro trimestre recuou para US$ 4,54 por barril, sem levar em conta as participações governamentais e o custo de afretamento. O valor representa uma redução de 8% em relação ao trimestre anterior. A petroleira atribuiu o resultado ao crescimento de sua produção, em decorrência da melhora na eficiência operacional dos campos do pré-sal, e da entrada da P-70, no final de junho.

Nos últimos três anos, a Petrobrás iniciou a produção de nove plataformas e colocará em atividade outras 12 nos próximos anos. A propósito, os dois novos navios-plataformas da estatal previstos para o ano que vem, os FPSOs Carioca (Sépia) e Guanabara (Mero), estão agora com mais de 90% de avanço físico em suas respectivas obras. Inclusive, conforme noticiamos, a estatal já entrou com um pedido de licenciamento para o FPSO Carioca.

Além destes, outras obras de FPSOs avançaram relativamente bem ao longo do último trimestre. No caso do FPSO Almirante Barroso, previsto para o campo de Búzios,em 2022, a plataforma teve avanço físico de 11 pontos percentuais e agora está com 47% dos trabalhos concluídos.

Coincidentemente, outras duas embarcações em construção para entrada em 2023, FPSOs Anna Nery (Marlim) e Sepetiba (Mero), também viram suas obras progredirem 11 pontos percentuais, chegando a percentuais de conclusão de 30% e 52%, respectivamente. A única exceção ficou por conta do FPSO Anita Garibaldi (2022) , que saiu de 31% para apenas 34% de avanço físico.

Ontem, conforme noticiamos, a empresa anunciou um prejuízo de R$ 1,546 bilhão entre julho e setembro. Este já é o terceiro trimestre seguido de prejuízos da petroleira. Entre janeiro e março desse ano, a companhia já havia amargado perdas de R$ 48,5 bilhões; e entre abril e junho, o balanço ficou negativo em R$ 2,7 bilhões. No terceiro trimestre de 2019, a companhia havia registrado lucro de R$ 9,087 bilhões.

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Tony OtaJoão Labaredajoão batista de assis pereirajonas da silva tavares Recent comment authors
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jonas da silva tavares
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jonas da silva tavares

Infelísmente tudo sendo construido lá fora, lá em Singapura, enquanto milhares de trabalhadores brasileiros desempregados passam fome e o goverlixo junto com essa diretoria podre da Petrobras nem se importa bando de traidores!!!!!

Tony Ota
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Tony Ota

Melhor construir fora por um custo menor para os acionista e para o povo brasileiro do que fazer aqui de forma ineficiente, mais caro e com negociatas para petistas

joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

Há controvérsia na resposta do Castelo Branco, CEO da Petrobras, no “Conference call” do 3º Trimestre, quando aponta que, apesar das restrições impostas pela pandemia e pelo ambiente incerto, o desempenho operacional e financeiro da estatal melhorou significativamente conforme demonstrado pelo aumento da produção de petróleo e gás natural e do fator de utilização das refinarias que possibilitou uma forte geração de caixa. Observa-se no 3º Trimestre excelente resultado em face do aumento substancial do fator de utilização das refinarias. Nesse sentido podermos concluir: a diminuição na intensidade operacional das refinarias teria outros objetivos? Atender aos interesses dos trades importadores?… Read more »

João Labareda
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João Labareda

Hummmm; Sei não? U$ 2,0 o barril … Está com uma tremenda cara de mentira da Assistente voluntaria de acusação do MP de Curitiba, a Petrobras !!!! Aliás, quanto será que ela está gastando com o escritório privado que faz este serviço para ela no tribunal do Sergio Moro? Os caras contratados só dormem nas cadeiras, ficam no whatsApp e quando perguntado por algo, dizem: “ Nada a declarar” kkkkk Será que o TCU foi lá saber quanto custa isso e como se deu a contratação do escritório escolhido? Bem voltando a verdade das contas dos U$ 2,27 dolares… U$… Read more »