PETROLEIROS VÃO RECORRER NA JUSTIÇA CONTRA VENDA DOS CAMPOS DE ALBACORA E ALBACORA LESTE
A diretoria da Petrobrás respirou aliviada com o resultado do julgamento de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a venda de suas refinarias. Mas a gestão da empresa está longe de viver dias de maré mansa. A nova resistência da vez vem do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). A entidade entrou com uma ação judicial para tentar impedir a venda de Albacora e Albacora Leste, anunciada recentemente.
Além de pedir a suspensão liminar da venda dos campos, a ação solicita a anulação definitiva do processo que, segundo o Sindipetro-RJ, “dá-se de forma ilegal ao ignorar a necessidade de licitação“. Um dos argumentos que baseiam o processo são o atual cenário econômico global provocado pela pandemia de Covid-19, que vem impactando negativamente os preços do petróleo. Esse quadro poderia reduzir muito o preço de venda das áreas.
O Sindipetro alega ainda que há o potencial de produção no pré-sal dos referidos campos, admitido pela própria Petrobrás. Além disso, o sindicato acusa a desobrigação do comprador de cumprir regras de conteúdo local, impactando as cadeias de fornecedores de bens e serviços local, regional e nacional.
“É um absurdo a Petrobrás vender ativos lucrativos e já amortizados, com capacidade de dar retorno financeiro para a empresa e para os cofres públicos. São campos que geram milhares de empregos, diretos e indiretos. São mais de 1.500 trabalhadores diretamente impactados”, disse o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra. “Albacora e Albacora Leste são campos gigantes, que têm reservatórios de pré-sal, um patrimônio brasileiro, e estão sendo colocados à venda num momento de baixa do preço do petróleo. Quem comprar vai comprar a preço mais baixo do que o que as áreas valem“, completou.
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