APÓS INVESTIR R$ 30 MILHÕES EM NOVA FÁBRICA, BRAFER QUER CHEGAR A 40% DO FATURAMENTO EM ÓLEO E GÁS

O mercado de petróleo e gás no Brasil está mesmo atraindo cada vez mais empresas, e não são apenas as novas ou pequenas. Com 33 anos de experiência no setor de estruturas metálicas no Brasil, a Brafer decidiu entrar no mercado de petróleo e gás neste ano. A empresa, tradicionalmente atuante nos setores de construção industrial e mineração, conta com uma fábrica de quatro galpões no Rio de Janeiro, que já se dedica quase exclusivamente à produção para o setor de petróleo e gás. A empresa possui alguns contratos em execução no segmento e pretende que ele represente no mínimo 40% de seus negócios no futuro. Para saber mais sobre a nova área de atuação da Brafer, o repórter André Dutra conversou com o diretor da divisão de petróleo e gás da Brafer, Carlos Tavares.

Como foi a entrada da Brafer no setor de petróleo e gás?

Na verdade não foi um processo tão difícil, dada a nossa larga experiência no mercado industrial do Brasil. O setor de petróleo é o mais atrativo no país, sem dúvida, então a decisão de participar como fornecedora nesta indústria já era um planejamento de algum tempo. Nesta fase inicial que nos encontramos, já estamos cumprindo alguns contratos de fornecimento com empresas responsáveis por projetos da Petrobrás, como a MTOP e a SBM, que são os primeiros dois contratos da Brafer no setor.

Houve aumento na estrutura da empresa para atender ao mercado de petróleo e gás?

Sim. Nós adquirimos um terreno no Rio de Janeiro, onde investimos R$ 30 milhões em uma nova fábrica, que possui quatro galpões de grande porte, sendo que dois deles têm ponte rolante com capacidade de 100 toneladas, e onde estão empregados cerca de 300 funcionários, incluindo 200 soldadores qualificados. Todo este investimento se deu para que pudéssemos focar na produção voltada para petróleo e gás no Rio, enquanto nossa fábrica no Paraná continua atendendo nossos mercados mais tradicionais.

Quais são estes mercados?

Em todos os 33 anos de existência da Brafer, os principais campos de atuação da empresa foram mineração e construção industrial, principalmente na parte de galpões de grande porte. Como exemplos de projetos importantes dos quais participamos posso citar a construção dos galpões da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da nova fábrica da Vallourec, e também a construção de estruturas para a reforma do Maracanã e para a construção do Itaquerão, que será o estádio do Corinthians.

Quais os detalhes destes primeiros contratos no setor de petróleo e gás?

O contrato com a MTOP, que foi o primeiro e o maior, foi para 2 mil toneladas de diversos tipos de estruturas metálicas para o FPSO Cidade de Mangaratiba, e o contrato com a SBM foi de 1,5 mil toneladas de estruturas para o FPSO Cidade de Ilha Bela. Todos estes equipamentos já estão sendo produzidos desde setembro, com previsão de entrega para fevereiro de 2013. Também temos um outro contrato, este menor, de 800 toneladas, para o fornecimento de piperacks para algumas unidades do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

Qual a expectativa da Brafer com este novo mercado?

É a melhor possível. Nosso objetivo é que 40% dos nossos projetos sejam relacionados ao mercado de petróleo e gás. Acredito que alcançaremos isso conforme o nosso estabelecendo avance no mercado. Outra coisa é que não iremos nos limitar a produzir apenas estruturas metálicas, mas também outros tipos de equipamentos, como tubulações e spools, que são equipamentos muito demandados, também para o setor subsea.

A Brafer enfrenta muita concorrência no mercado de petróleo e gás?

Existem duas outras empresas de grande porte que atuam no setor, mas tem espaço para todos, é um mercado em que tem muito dinheiro e contratos. A concorrência existe sim, tanto nas estruturas metálicas quanto em outros equipamentos, como spools, onde existem empresas como a EBSE, mas se trata de um setor muito demandado.

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