PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ESTÁ EM QUEDA HÁ MAIS DE 10 ANOS NA ARGENTINA

A produção de petróleo na Argentina pode sofrer retração pelo 12° ano consecutivo, de acordo com dados do Instituto Argentino de Petróleo e Gás (IAPG). Nos primeiros quatro meses do ano, a produção sofreu queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto que na década de 80 o país apresentava uma média de 100 novos poços de prospecção por ano, atualmente este número gira em torno de 40 poços anuais.

O esgotamento das reservas de petróleo é um dos motivos da contração na produção. Alguns campos argentinos estão sendo explorados há 35 anos e faltam investimentos na exploração de novos campos. A Argentina também sofre com a escassez de gás, que é racionado durante os invernos para o setor industrial, para garantir a calefação residencial.

A YPF, a estatal petrolífera argentina, fechou parceria nos últimos dias com a Chevron para a exploração das reservas não convencionais de Vaca Muerta, na Patagônia, mas o país ainda tem dificuldades em formar parcerias para alavancar a produção, principalmente por causa da estatização da YPF no ano passado.

O acordo com a Chevron foi selado após mudanças na legislação feitas pela presidente Cristina Kirchner (foto). Além de poder exportar 20% da produção a preços internacionais – que chegam a ser 50% superiores aos pagos no mercado doméstico –, os parceiros não terão que remeter a receita obtida para o país, ficando livres do câmbio argentino.

O setor de petróleo e gás é deficitário desde 2010 no país. No primeiro semestre deste ano, o governo gastou US$ 6,1 bilhões importando gás natural, GNL e derivados de petróleo (aumento de 23%). Já as exportações de petróleo pesado e derivados caíram 20,5% e somaram US$ 2,4 bilhões.

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