DESCOBERTAS NO MEDITERRÂNEO PODEM CRIAR PÓLO EXPORTADOR DE GÁS NA REGIÃO

Alexis TsipraA solução para o fornecimento de gás para a Europa pode estar muito mais perto que as áreas produtoras russas. As recentes descobertas de Israel, Egito, Grécia e Chipre no Mar Mediterrâneo podem criar um pólo produtor e exportador do insumo, dando fim a dependência do gás russo.

Algumas conversas já vêm sendo realizadas entre representantes de governos, comissões e empresas dos países envolvidos. Em recente visita à Grécia, o presidente egípcio Ab­del Fattah a-Sisi se encontrou com o primeiro ministro grego Alexis Tsipras (foto), bem como o presidente da ENI, Claudio Descalzi, discutiu o tema com o comissário europeu para a Energia e a Ações Climáticas, Miguel Arias Cañete.

A reserva egípcia é a maior entre os países da região e foi recentemente descoberta pela Eni, em agosto de 2015. Historicamente o Egito é um país importador do insumo e a expectativa é que a partir de 2020 a produção local passe a ser revendida para países vizinhos. A área descoberta pela empresa italiana tem potencial de até 30 trilhões de pés cúbicos de gás, em uma área de cerca de 100 quilômetros quadrados, a uma profundidade de 1.450 metros.

Uma das possibilidades que vêm sendo estudadas é a construção de um gasoduto a partir de Ashkelon até o leste egípcio, onde existem duas grandes instalações de processamento de gás na costa do Mediterrâneo. O insumo seria transformado em Gás Natural Liquefeito (GNL) e enviado por navio-tanque para a Europa.

As descobertas podem fazer a Turquia rever suas relações com Cairo e Tel-Aviv, já que suas relações com a Rússia estão abaladas. Os turcos são grande dependentes do gás russo para suas necessidades industriais.

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