RELATÓRIO APROVADO PELA CPI RECOMENDA 52 INDICIAMENTOS, MAS NÃO CITA POLÍTICOS

marco-maiaPor enquanto, a corda ainda não arrebentou para o lado dos políticos. Ao menos esse foi o resultado do relatório final da CPI Mista aprovado nesta quinta (18) pelo Congresso Nacional, que recomendou o indiciamento de 52 pessoas, entre ex-diretores da Petrobrás e executivos de grandes empreiteiras, mas não citou nenhum deputado, senador ou qualquer membro da classe política.

A comissão mista não tem o poder de indiciar ninguém, mas faz recomendações à Procuradoria-Geral da República. Como a maioria das pessoas já foi denunciada à Justiça, tornando-se réu em processos, boa parte dos indiciamentos não terá efeito prático. Ainda assim, a lista incluiu nomes como os ex-diretores da Petrobrás Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque; o doleiro Alberto Youssef, os ex-gerentes da estatal Pedro Barusco e Silas Oliva; a ex-contadora de Youssef, Meire Poza; as filhas e genros de Paulo Roberto Costa, além de outros executivos de empreiteiras.

O relator da CPI, o deputado Marco Maia (foto), afirmou que a não citação aos políticos se deveu à falta de acesso às delações.

“Não podemos ser levianos de apresentar indiciamentos para pessoas que foram citadas exclusivamente por jornais. Seria irresponsável”, disse.

O documento foi aprovado com 19 votos a favor e oito contra, sendo que a oposição também apresentou um relatório paralelo, com a intenção de recomendar um número maior de indiciamentos. Nesta versão não oficial, que nem chegou a ser votada, seriam 60 pessoas no total, incluindo a presidente da Petrobrás, Graça Foster, os deputados André Vargas e Luiz Argolo; o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; e o empresário Fernando Soares (conhecido como Fernando Baiano).Além disso, o parecer da oposição também pedia o imediato afastamento da direção da Petrobrás e a responsabilização da presidente Dilma Rousseff pelos prejuízos com a compra da refinaria de Pasadena.

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