SISTEMAS SUBSEA DE COLETA DE PRODUÇÃO VÃO PUXAR INVESTIMENTOS NO SETOR DE ÓLEO E GÁS DO BRASIL ATÉ 2025

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

FPSO_Full-View_405x420Os sistemas offshore para coleta de produção em campos da costa brasileira serão grandes motores de investimentos no setor de óleo e gás brasileiro pelos próximos anos. De 2021 até 2025, os recursos passarão da casa dos R$ 91 bilhões, segundo dados informados pelas petroleiras à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Somente para este ano, de acordo com números disponibilizados pelo órgão regulador, os investimentos previstos para sistemas de coleta de produção devem chegar a R$ 16,3 bilhões. Os valores reforçam outras projeções feitas pelo mercado que apontam que o Brasil é, atualmente, o grande centro das atenções do mercado mundial de subsea.

Se o montante de contratação de sistemas de coleta de produção estimado para 2021 já é animador, para os próximos anos a tendência é de crescimento no tamanho desses investimentos. Em 2022, por exemplo, os recursos direcionados aos sistemas de coleta estão previstos em R$ 22,3 bilhões. O valor subirá novamente no ano seguinte, quando poderá ultrapassar a faixa dos R$ 25 bilhões, segundo as estimativas das petroleiras repassadas à ANP. Os investimentos continuarão em patamar elevado em 2024, totalizando cerca de R$ 19,3 bilhões. Por fim, em 2025, de acordo com as previsões atuais, os sistemas de coleta corresponderão a R$ 8 bilhões em recursos aplicados pelas operadoras.

Essa crescente nos investimentos deve-se ao aumento do pipeline de projetos de sistemas de produção na camada do pré-sal brasileiro. A Petrobrás, por exemplo, em seu planejamento estratégico 2021-2025, prevê iniciar a operação de 13 plataformas. Fora do ambiente da estatal brasileira, outro projeto de destaque é o da norueguesa Equinor, que anunciou a decisão final de investimento de US$ 8 bilhões para o desenvolvimento do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos. A empresa inclusive já contratou a parte de instalações submarinas do campo, que será fornecida pela Subsea Integration Alliance – formada por Subsea7 e OneSubsea.

Como já noticiamos aqui no Petronotícias, o mercado de subsea no Brasil deve fechar 2021 com números relevantes. A TechnipFMC, por exemplo, declarou que o país será a região mais ativa do mundo para novos pedidos de projetos submarinos neste ano. Outro indicador importante é a previsão de novas contratações de árvores de natal molhadas estimadas para os próximos anos. De acordo com a Westwood Energy, o Brasil lidera o ranking de pedidos já confirmados até aqui em 2021 (85 no total). No horizonte entre o atual ano e 2025, a Petrobrás será a principal contratante de árvores de natal molhadas, com 203 unidades previstas pela Westwood.

No momento, a principal concorrência em curso relacionada a sistemas de coleta e equipamentos submarinos é a do FPSO Almirante Tamandaré, que será instalado no campo de Búzios. Os poços produtores do campo serão interligados ao navio-plataforma utilizando tubos rígidos para o duto de produção, tubos flexíveis para os dutos de serviços e umbilical para o sistema de controle. O navio-plataforma, que será o maior do país, deve entrar em operação em 2024. Segundo a Petrobrás, a unidade será ligada a um total de 15 poços, sendo oito produtores, seis injetores de água e gás (WAG, na sigla em inglês) e um injetor de gás natural. A abertura dos envelopes da concorrência estava prevista para 7 de junho, mas foi postergada para 18 de agosto.

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