TECNOFINK ABRE UNIDADE EM ITABORAÍ PARA REPARAR TROCADORES DE CALOR

Por Rafael Godinho (rafael@petronoticias.com.br) –

A mineira Tecnofink está prestes a firmar um contrato no valor de R$ 20 milhões para serviços de reparo de trocadores de calor. O negócio, considerado de grande porte pela empresa, ainda não teve o comprador divulgado, mas envolve o seu novo galpão de 12 mil metros quadrados inaugurado em Itaboraí. Além disso, a empresa está na reta final para concluir um grande serviço de reparação e vedação de dutos numa grande refinaria brasileira. Segundo Thomas Fink, diretor executivo, a companhia foi a única capaz de realizar o serviço, e é certificada pela ABS como a primeira no mundo qualificada para reparar tubulações de FPSO. A Tecnofink, que atua em seis unidades de negócios, fornece serviços para diversos segmentos do mercado, como Óleo&Gás, Petroquímica, Siderurgia e Alimentícia, e tem, na sua lista de clientes, Braskem, BW Offshore, Transocean, Statoil, Petrobrás, Lupatech, IESA, epecistas, SBM, Petrobrás, Usiminas, CSN e Grupo Gerdau.

Qual é o produto que a TecnoFink está lançando?

O que nós estamos lançando é a parte de reforço estrutural para tubulações com alta resistência à temperatura. A gente já tinha essa área de reforço estrutural e reparo emergencial, e agora evoluímos para uma nova gama de produtos, em que temos exclusividade no Brasil, atingindo maior temperatura. Na parte de reparo, contamos com uma tecnologia para vedação de vazamentos em tubulações. Acabamos de fazer um importante serviço numa grande refinaria brasileira, e fomos a única empresa no mundo que teve condições de realizar. Juntamos três tecnologias em que somos exclusivos no Brasil e obtivemos aprovação junto ao Cenpes e laboratórios especializados. Somos certificados também como o primeiro no mundo pela ABS, que dá o crédito aos reparos feitos em navios, por exemplo nos FPSOs.

Vocês também atuam no reparo de FPSOs?

Se for preciso fazer um reparo em tubulações de óleo certificado pela ABS num FPSO, a Tecnofink é a única empresa com condições de fazer. Em vez de precisar trocar a tubulação, a gente faz um reforço estrutural usando fibra de carbono, fibra de vidro, kevlar e outros materiais, como compostos com resinas especiais de alta performance.

Qual foi o problema constatado naquela refinaria?

A linha de flare tinha algumas corrosões, e isso poderia ocasionar dias, talvez semanas de interrupção. Essa linha de flare é muito importante para o funcionamento da refinaria, e seria preciso parar a unidade inteira. Mas fizemos tudo mesmo em funcionamento. Vedamos os vazamentos e fizemos o reforço estrutural, e foi dada uma nova vida útil às tubulações.

Além de tubulações, há outras aplicações?

A gente também faz reparos de trincas em grande tanques, como do tipo “Maracanã”, de teto flutuante. De acordo com o enchimento do tanque, o teto sobe e desce, e, se houver trincas na superfície, petróleo ou combustível vazam para cima do teto, porque ele está sempre encostado no líquido. Fizemos reparos lá em Angra, na Transpetro, e em vários lugares, sem esvaziar o tanque.

Esse é o principal serviço de vocês?

Não necessariamente. A Technofink tem seis unidades de negócios, sendo que uma delas é essa que a gente acabou de falar, chamada unidade de Compósitos, mas nós temos também a parte de limpeza de equipamentos de troca térmica, onde há a limpeza de trocadores de calor, caldeiras, resfriadores, condensadores. Somos a única empresa certificada no Brasil pela ISO 9001 que faz esse trabalho.

Para a indústria de petróleo e gás natural?

Para qualquer indústria. Petroquímica, refinaria, papel e celulose, alimentícia, siderurgia, mineração etc. Temos outra unidade, que é a unidade de máquinas. Temos a única máquina que substitui um jato de areia, ou um jato de granalha, sem uso abrasivo. Ela jateia com cerdas de aço. À medida que o eixo gira, elas impactam a superfície e limpam toda a ferrugem e contaminação. É uma máquina alemã, fantástica. Temos também a unidade Bio, em que atuamos com produtos dentro da consciência ecológica. Como indica o nome, todos os produtos são biodegradáveis. Trabalhamos também com desengraxantes com base em água e extratos vegetais. Ou seja, eu consigo substituir o tiner, que faz uma limpeza, por água com extratos vegetais sem nenhuma toxicidade, e faz o mesmo efeito na remoção de borra de óleo, graxa, gordura. O uso é desde automotivo, e em restaurantes, até industrial, como na remoção de hidrocarbonetos. É uma linha muito ampla, de uma empresa holandesa. Ela já tem fábrica em São Paulo e somos parceiros deles nesse produto, chamado Ecorenova.

Nessa unidade Bio existem serviços de aplicação no setor de Óleo&Gas?

Na divisão nós temos ainda um produto chamado Rydlyme, que é um produto americano, que também é um desencrustante, que limpa sem calor nem produto químico. Ele limpa carbonato de cálcio, um grave problema, por exemplo, para o pré-sal. Nós temos aí uma das únicas plataformas de pré-sal, a P-34, que estava em operação no Espírito Santo, e que utiliza em larga escala o produto em linhas que são entupidas ou estranguladas com carbonato de cálcio.

Este já está sendo comercializado?

Já realizamos testes que deram certo, e agora estamos trabalhando para usar em maior escala, injetando esse produto em poços para remover o carbonato de cálcio e aumentar a produtividade. As saídas do poço vão fechando porque o petróleo vem com muita água rica em carbonato de cálcio, que vai se depositando e estrangulando as tubulações. Então gasta-se muito mais energia, devido às bombas. É muito comum sistemas operarem com quatro, cinco bombas, mas, depois usarem apenas uma ou duas.

Em que áreas vocês têm mais clientes?

A área de Óleo&Gas, de uma maneira geral, é um grande cliente. A Petroquímica, como a própria Braskem, é também um grande cliente. Além disso, temos a BW Offshore, Transocean, Statoil, Petrobrás, Lupatech, IESA, os epecistas são nossos clientes, a SBM. Também na área de siderurgia, temos a Usiminas, CSN, Grupo Gerdau, então é um mercado muito pulverizado. Também temos referências de serviços de reparo em tubulações de FPSOs da Petrobrás, da BW Offshore, da SBM.  

Existe mais algum outro serviço que tenha chamado atenção em Óleo&Gás?

A nossa matriz fica em Belo Horizonte e estamos hoje em sete regionais espalhados em todo o Brasil, sendo três no Estado do Rio – uma em Volta Redonda, uma Itaboraí e uma em Macaé – e o restante (mais três ou quatro) espalhados pelo país. Além disso, temos representantes praticamente no Brasil todo. Em Itaboraí investimos na infraestrutura de um grande galpão, e contamos hoje com cerca de 12 mil m² de área para atrair negócios. A nossa empresa não fabrica, mas compra tecnologias e vende soluções para o cliente. Então é mais estoque e serviços, por meio de maquinários. Vamos atuar naquela unidade em reparos de trocadores de calor. A galpão está pronto. O alvará saiu há alguns meses e estamos trabalhando no primeiro contrato.

Esse cliente já existe?

Já existe, mas não posso falar. Trata-se de um contrato da R$ 20 milhões, que consideramos de grande porte.

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carlos sérgio almeida de moraes
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carlos sérgio almeida de moraes

Prezados srs.
Bom Dia
Solicito dos senhores á seguinte informação qual o seu E-mail para eu poder enviar o meu C.V.para á sua analise,pois tenho interesse em trabalhar com os srs.
Atenciosamente.
carlos de moraes.

Sérgio Lopes
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Sérgio Lopes

Bom dia tenho interesse em trabalhar com a empresa qual e-mail para currículo.

Técnico em Automação Industrial. 2013/2014

Dyego Nascimento de Oliveira
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Dyego Nascimento de Oliveira

Prezado srs.
Bom dia tenho um grande enteresse em trabalhar com a empresa solicito dos senhores á seguinte Informação qual o e-mail para enviar currículo
Anteciosamente.
Dyego Nascimento. 05/2015.

Eugenio Vieira
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Att: Sr. Thomas Fink,.

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