TRABALHADORES DA PBIO ENTRARÃO EM GREVE PARA MANTER EMPREGOS DEPOIS QUE A EMPRESA FOR VENDIDA PELA PETROBRÁS

Foto_GreveOs trabalhadores da Petrobrás Biocombustível (PBio), que está em processo de privatização, prometem iniciar uma greve amanhã (20) a partir das 7h, alegando que a Petrobrás não quer negociar sobre a manutenção dos empregos quando a empresa for vendida. Os trabalhadores da PBio reivindicam transferência para outras unidades da Petrobrás. A empresa, contudo, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) vai usar o modelo de venda da PBio como “impossibilidade jurídica” para não atender ao pleito dos trabalhadores.

A greve da PBio promete paralisar as atividades nas usinas de biocombustíveis de Candeias, na Bahia, e de Montes Claros, em Minas Gerais, além da sede dawswss subsidiária, localizada no Rio de Janeiro. A usina de Quixadá, no Ceará, que também foi colocada à venda como as outras unidades, está desativada (em hibernação). A PBio, fundada em 2008, uma das maiores produtoras de biodiesel do país, tem atualmente cerca de 150 trabalhadores.

“A greve reivindica a manutenção dos empregos dos trabalhadores concursados da PBio, que ouviram, em 2019, a falsa promessa de que seriam realocados a outras áreas do Sistema Petrobrás em caso de venda da holding”, disse que o coordenador do Sindipetro Minas Gerais, Alexandre Finamori. “A greve está sendo decretada como último recurso devido à intransigência da antiga direção da Petrobrás. Os trabalhadores, a FUP e os Sindipetros buscam reabrir as negociações com a nova diretoria da estatal para que seja revisto o envio desses empregados para a sumária demissão pela nova empresa. O objetivo é mudar o modelo de venda, para que os trabalhadores permaneçam no Sistema Petrobrás”, acrescentou.

Para lembrar, a privatização da PBio foi anunciada em julho de 2020 e está na fase vinculante de venda das usinas. Na ocasião, a Petrobrás informava ao mercado que a PBio é uma das maiores produtoras de biodiesel do país com 5,5% de market share em 2019.  Em outubro de 2016, na  gestão de Pedro Parente foi anunciado o fechamento da usina de Quixadá, no Ceará.  A FUP e o Sindipetro- CE/PI denunciaram os impactos que a medida teria sobre nove mil famílias de pequenos agricultores do semiárido que abasteciam a unidade com oleaginosas, mas a gestão da Petrobrás seguiu adiante no desmonte do setor e colocou a unidade em hibernação em 2017. Hoje, somente as usinas de Montes Claros e Candeias continuam em atividade.

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Pessoal quer é moleza mesmo