UMA RUPTURA NO OLEODUTO KEYSTONE PROVOCA UM VAZAMENTO DE 14 MIL BARRIS DE PETROLEO EM UM RIO DO KANSAS, NOS ESTADOS UNIDOS

Orlando – Por Fabiana Rocha – Notícias assim dão margens aos grupos ambientalistas que são contrários a construção de novos oleodutos aqui nos Estados Unidos: uma ruptura no oleoduto Keystone levou a um vazamento de 14.000 barris de petróleo em um riacho do Kansas. É o maior vazamento de petróleo em um oleoduto onshore em nove anos e o maior na história do sistema Keystone. A TC Energy, com sede no Canadá, operadora do oleoduto, desligou o sistema na noite de quarta-feira (7) após uma queda de pressão e alarme. O óleo se espalhou por cerca de um quilômetro no Condado de Washington, Kansas. A empresa disse que o derramamento de óleo foi contido com a ajuda de 250 pessoas e “não há indicação de saúde adversa ou preocupações públicas”, de acordo com um comunicado. A informação do vazamento no Kansas, teve reflexos fortes na população de Michigan, nos Estados Unidos, que tenha o oleoduto da Linha 5 ainda em risco sob o lago de Michigan, a espera de uma definição do projeto de um túnel de sete quilômetros, onde passará um novo trecho do oleoduto. A população e o governo local querem logo uma definição de outra empresa canadense, a Enbridge.

Funcionários e especialistas ambientais trabalharam para diminuir os danos usando barreiras de contenções e caminhões a vácuo. Uma represa por volta de dez quilômetros do local permite que a água do riacho passe por um cano, evitando que o óleo se desloque mais longe. A TC Energy, em seu comunicado, afirmou: “Estamos trabalhando com agências ambientais locais e estaduais para desenvolver Planos de Manejo da Vida Selvagem específicos para incidentes, incluindo especialistas para cuidar da vida selvagem impactada. Nossas equipes continuam investigando ativamente a causa do incidente. Não confirmamos um cronograma para o reinício e só retomaremos o serviço quando for seguro fazê-lo e com a aprovação do regulador”.

O sistema de oleoduto Keystone transporta cerca de 600.000 barris de petróleo por dia ao longo de seu trecho de quase 3 mil quilômetros, começando em Alberta, no Canadá, e seguindo para o sul até Cushing, em Oklahoma, nos Estados Unidos.  Lá, ele se conecta com o oleoduto da Costa do Golfo,  que termina no Texas. Parte da linha se ramifica em Steele City, Nebraska, e termina em Illinois. Desde que o oleoduto foi instalado em 2010, 22 vazamentos vazaram um total combinado de cerca de 12.000 barris de petróleo bruto. Dezessete dessas rupturas foram contidas em propriedade da empresa, embora todas fossem vazamentos menores. Em 2017, materiais de oleodutos defeituosos e má construção causaram um vazamento de 6.592 barris em Dakota do Sul. Dois anos depois, defeitos de fabricação na tubulação levaram a um vazamento de 4.515 barris em pântanos, em Dakota do Norte.