USIMINAS DESLIGARÁ ALTOS-FORNOS EM IPATINGA E CUBATÃO

UsiminasA Usiminas anunciou nesta semana que irá desligar dois altos-fornos, um na Usina de Cubatão (SP) e outro na Usina de Ipatinga (MG), a partir dos meses de maio e junho, respectivamente. O desligamento temporário é uma medida da companhia para ajustar sua produção à demanda enfraquecida do mercado brasileiro de aço.

A decisão representa um corte anual de oferta de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas de aço bruto, e ainda não há data para a retomada das atividades nos dois fornos.

A Vallourec&Subitomo Brasil (VSB), fabricante de tubos, também anunciou recentemente o desligamento de seus altos-fornos na usina de Jeceaba (MG) durante os meses de junho e julho deste ano. Os fornos da companhia têm capacidade produtiva de 1 milhão de toneladas anuais.

As siderúrgicas no país vinham apresentando altos índices de ociosidade em seus fornos e aciarias, como os 40% registrados na Usiminas, um reflexo claro da crise que atualmente vive o setor. O cenário de dificuldades tem sido causado pela elevação das importações da China, o excesso de oferta global de aço, a perda de competitividade para exportar e o processo de desindustrialização no país.

Em abril deste ano, as vendas de aço plano caíram para 295,9 mil toneladas, uma redução de 17,2% na comparação com o ano passado.

O desligamento dos altos-fornos da Usiminas pode aliviar os custos da empresa, segundo o BTG Pactual. O cenário do setor, no entanto, continua prejudicado, com o mercado doméstico saturado e com reduzido poder de formação de preço. De acordo com o banco, os fornos desligados responderiam por 15% a 20% da capacidade produtiva total da companhia.

A previsão é de que a Usiminas conseguirá conter seus custos com a medida. De acordo com o BTG, no entanto, o desligamento deve ser mantido por um período mais longo para que haja sentido econômico na decisão.

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