ACIDENTE ATRASA TRANSPORTE DE EQUIPAMENTO PARA O COMPERJ

Vaso de Pressão tombadoPelo jeito, a Petrobrás está precisando fazer uma sessão de descarrêgo. Como se já não estivesse com problemas suficientes, um novo contratempo vai dificultar ainda mais o caminho da estatal. Agora em relação ao Comperj, em Itaboraí (RJ), em função de um acidente na base da Locar, na Ilha do Governador (RJ). Um dos vasos de pressão que a companhia usará no Complexo Petroquímico tombou durante o içamento. O equipamento tem mais de 400 toneladas e os danos ainda estão sendo avaliados pela Petrobrás e pelas demais empresas.

O serviço estava sendo realizado pela Transdata, especializada em logística, no momento em que era retirado da carreta especial para a balsa que faria o transporte marítimo do equipamento até o píer da Praia da Beira, em São Gonçalo. A solução logística só foi concretizada mais de quatro anos após a chegada dos equipamentos ao Porto do Rio, depois de muito tempo pagando taxas diárias de ocupação.

Os atrasos no transporte dos equipamentos da Petrobrás foram gerados por falta de planejamento da própria estatal, que importou reatores de grande porte da Itália, para a produção de diesel com baixo teor de enxofre na refinaria, mas trouxe as unidades antes de ter um projeto logístico definido para levá-los do Porto do Rio até Itaboraí.

Vaso de Pressão tombadoQuando eles chegaram à cidade, em agosto de 2011, não puderam ser transportados para o complexo petroquímico em construção, devido ao grande porte e peso, de mais de 1.000 toneladas cada, que não seria suportado pelas estradas. Somente depois de um ano pagando taxas de armazenamento, a estatal começou a buscar uma alternativa mais efetiva para a retirada dos equipamentos do Porto e para a realização do transporte. A saída encontrada pela Petrobrás, então, foi a implantação de um Píer em São Gonçalo (RJ) e uma Via de Acesso para Equipamentos Especiais até o complexo petroquímico.

Anunciado em 2006, com previsão de estar operando em 2010 e orçamento de US$ 8,4 bilhões, o Comperj tem atualmente custo estimado em US$ 13,5 bilhões e tinha a última previsão de entrada em operação marcada para agosto de 2016. A unidade terá capacidade de processar diariamente 165 mil barris de óleo e terá como principais produtos diesel, querosene de aviação (QAV) e nafta.

Em nota, a Locar afirmou que não era responsável pelo serviço de transporte dos equipamentos. Veja o comunicado na íntegra:

“A Locar Guindastes e Transportes Intermodais esclarece que não era a responsável pela operação de remoção dos vasos de pressão da Petrobras acidentados em sua base marítima, na Baía de Guanabara, na tarde desta segunda-feira, 15 de dezembro.

Felizmente, o acidente não gerou maiores consequências além de pequenos danos às peças, que seriam transportadas para outro local pela empresa Transdata, contratada pela Petrobras para a realização integral do serviço.

A Locar informa ainda que, embora os objetos se encontrassem armazenados em sua base marítima, não teve qualquer envolvimento com o ocorrido, pois, por decisão da Petrobras, a empresa transportadora responsável por todo o processo de remoção foi outra, escolhida por meio de licitação específica.”

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