ALEXANDRE SILVEIRA VAI À VENEZUELA PARA COMPRAR ENERGIA GERADA PELA HIDRELÉTRICA DE GURI, QUE FUNCIONA COM PEÇAS SUCATEADAS

alexandreO ministro de Minas Energia, Alexandre Silveira, viajou para Caracas para se encontrar com o Ministro do Poder Popular para Energia Elétrica, Nestor Luis Reverol Torres. O encontro tem o objetivo de restabelecer a importação de Energia da Hidrelétrica Guri para o norte do país “retomando a integração energética entre os dois países reduzindo o uso das termelétricas a óleo diesel na região, que são mais caras e mais poluentes”. Aqui pra nós, o Ministro está precisando abrir olho e puxar pela memória. Em março de 2019, houve um completo apagão na região, porque a hidrelétrica de Guri, por falta de peças estratégicas, parou de funcionar e de abastecer Roraima, que ficou às escuras, além de  boa parte da Venezuela. Para seu funcionamento, teve peças sucateadas e ainda é muito possível que funcione assim, aos trancos e barrancos. Vale lembrar que, mesmo liberado em parte das sanções americanas, é improvável que a Venezuela e a hidrelétrica Guri consigam as peças especiais para operar a pleno e atender às nossas necessidades. Bom lembrar também que esta liberação provisória é apenas para Petróleo e ouro.

Só para lembrar, em março de 2019, o Ministro Bento Albuquerque e governo brasileiro se preveniram e acertaram, criando um plano de contingência para aapagao possibilidade de faltar energia elétrica para Roraima. A desordem do governo do ditador Nicolás Maduro teve reflexos no abastecimento de energia do país que ficou alguns dias vivendo um apagão. E esse grande apagão afetou Roraima. Em função disso, todas as suas cinco termelétricas foram ativadas para manter o abastecimento de energia. No dia 7 de março houve uma breve interrupção pela manhã e outra no final da tarde, sendo impossível, desde então, reconectar o serviço. A Roraima Energia fez  várias tentativas para restaurar a interconexão com a Venezuela, mas isso não aconteceu devido a muita instabilidade. Metade de seu fornecimento de Roraima linhaovinha da usina hidrelétrica venezuelana de Guri, através de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso.

O Brasil deixou de importar energia produzida por Guri pela incapacidade no fornecimento, devido a falta de manutenção e investimentos. Paralelamente, depois do apagão de Roraima, a ENEVA fez um investimento no plano de expansão energética na região norte. E, se necessário, exportar energia para o sistema interligado nacional quando o Linhão de Roraima ficar pronto, com capacidade de abastecer até Venezuela, em caso de necessidade. Segurança Regional, o que já ocorre em relação a Argentina, Uruguai e o Paraguai.

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