CONSELHO DA PETROBRÁS PROPÕE MUDANÇA EM POLÍTICA DE INDICAÇÃO DE NOMES PARA DIREÇÃO DA COMPANHIA

Edifício-sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro

Edifício-sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro

Uma manhã de muita chiadeira no mercado, após a Petrobrás revelar que pode realizar em breve mudanças profundas em seu estatuto social. A companhia anunciou ao mercado que o Conselho de Administração aprovou uma revisão em alguns pontos do estatuto, que será votada na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Uma das alterações mais polêmicas diz respeito à formula de indicação de pessoas para a alta administração da companhia.

No comunicado divulgado ao mercado, a Petrobrás afirma que entre os objetivos da revisão está “excluir vedações para a indicação de administradores previstas na Lei nº 13.303/2016 [Lei das Estatais] consideradas inconstitucionais por meio de Tutela Provisória Incidental na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.331-DF, em curso perante o Supremo Tribunal Federal”. Nos bastidores do mercado, essa mudança está sendo interpretada como uma brecha que permitirá novamente as indicações políticas na empresa.

A Petrobrás diz que a proposta vista “explicitar que, para a investidura em cargo de administração, a Companhia somente considerará hipóteses de conflito de interesses formal nos casos expressamente previstos em lei”. Entre outros pontos, a Lei das Estatais estabelece critérios para indicação para cargos em empresas controladas pelo Estado. O Conselho também aprovou revisão da Política de Indicação de Membros da Alta Administração e do Conselho Fiscal, condicionada à aprovação da revisão estatutária correspondente a este tema pela AGE.

A novidade não agradou nada aos investidores e as ações da companhia acumulam queda acentuada no pregão desta segunda-feira (23). No momento da publicação desta reportagem, os papéis PETR3 registavam queda de 5,6%, enquanto que as ações PETR4 caíam 6,3%.

O Conselho de Administração da Petrobrás também aprovou a criação de uma reserva de remuneração de capital. “A reserva a ser criada pela AGE, caso a proposta da Administração seja aprovada, terá como finalidade permitir que a administração da Petrobrás avalie e submeta à aprovação dos acionistas em Assembleia a constituição de reserva para assegurar recursos para o pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio, suas antecipações, recompras de ações autorizadas por lei, absorção de prejuízos e, como finalidade remanescente, incorporação ao capital social”, detalhou a petroleira. Ainda não há data definida para a Assembleia Geral Extraordinária que irá votar esses temas.

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JOÃO BBATISTA DE ASSIS PEREIRAAdalberto Recent comment authors
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Adalberto
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Adalberto

Já vimos isso no passado e o resultado, foi a quase quebra da empresa. Por que será que empresas privadas bem sucedidas não tem políticos em sua administração? Política e gestão bem sucedida, não caminham de mãos dadas…Pobre Petrobras.

JOÃO BBATISTA DE ASSIS PEREIRA
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JOÃO BBATISTA DE ASSIS PEREIRA

Diante de tantas inverdades que observamos nesse vídeo que foi recentemente publicado na mídia permita-me discordar com a mensagem e apor os devidos contrapontos. Quem dentre os leitores perdeu muito dinheiro pelos ajustamentos de mercado nas ações da Petrobras PETR3, decorrente de legítimos ajustamentos colocados em pratica essa semana no Conselho de Administração da estatal petroleira? Desculpem, mas quem perdeu muito dinheiro não foram propriamente o pequeno investidor. Podemos afirmar com segurança que os grandes perdedores foram os acionistas norte-americano detentores das ADR’S e mega investidores da Petrobras no Brasil. Os estrangeiros perderam muito dinheiro em dólares norte-americano no mercado… Read more »