COLUMBIA EXPANDE SERVIÇOS DE LOGÍSTICA PARA O SETOR EÓLICO E APOSTA NA DIVERSIFICAÇÃO PARA DOBRAR FATURAMENTO

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –

murilo melloÀ medida que atrai um número cada vez maior de empresas estrangeiras interessadas em projetos de geração, o mercado brasileiro de energia eólica pulsa hoje com novas demandas para a cadeia nacional de fornecedores. O estímulo por meio de leilões recentes do governo vem resultando na expansão do polo produtivo do Nordeste, região que conta com um volume crescente de complexos eólicos e atrai as atenções de companhias brasileiras para novos projetos de atuação. Entre elas, está a Columbia, fornecedora que presta serviços de logística a operadoras de usinas e expande hoje sua participação no setor por meio da subsidiária Columbia Nordeste, com foco no atendimento às diversas áreas da cadeia produtiva. De acordo com o diretor comercial da empresa, Murillo Mello, as demandas hoje continuam crescendo ao passo que as grandes companhias enfrentam dificuldades com infraestrutura, desde o transporte de equipamentos até a concretização de centros locais de distribuição. O gerenciamento de operações envolve também inspeção e montagem de produtos, em um mercado que vem sendo despertado com aportes em alta e já rende R$ 20 milhões anuais à Columbia. Segundo Mello, a expectativa é de que o faturamento dobre ao longo dos próximos três anos, impulsionado pela verticalização dos serviços e uma maior variedade de projetos. “Queremos agregar mais serviços, atuando do porto ao parque eólico, em toda a cadeia. Essa é a nossa estratégia.

Como a Columbia avalia hoje as oportunidades do setor eólico?

O setor eólico tem se destacado de forma muito estratégica na Columbia Nordeste, porque é um mercado que hoje demanda muitos serviços. Desde que começou sua atuação nessa área nos últimos anos, a empresa vem se estruturando tanto de forma física quanto na parte de know-how de sistemas, técnicas e controle. Nós agregamos serviços e fazemos com que o cliente ganhe valor em logística, o que tem feito com que novas oportunidades surjam. Além disso, é um setor que tem ciclos longos, de 20 anos, e os leilões vão surgindo. O mercado eólico é responsável hoje por 46% da energia do Nordeste, então é mais do que estratégico para nós. 

Quais são os serviços prestados pela empresa?

Nós fazemos transporte especial, armazenagem alfandegada, centros de distribuição, montagem de kits com mais de 700 itens, inspeção de qualidade e operação portuária, com a carga de navios através da CMLog. O segmento eólico, diferente de outros, tem grande diversidade de cargas: você precisa movimentar desde parafusos até aerogeradores de 120 toneladas. Poucos operadores têm estrutura física para isso.

A crise no setor de transmissão vem impactando os negócios do setor eólico?

A transmissão é um problema, mas na verdade é mais para o governo e para o usuário. Quem monta o parque tem o compromisso e segue ele. Hoje, porém, o maior gargalo para as grandes operadoras é estrutura logística. Isso é o maior problema, porque são grandes equipamentos e envolvem portos com dificuldades de acesso, estradas com problemas, além do frete da cabotagem, que ainda é muito caro se compararmos com o transporte rodoviário. São dificuldades enormes e tudo é feito correndo contra o tempo, porque existe prazo e a Aneel multa. O que tentamos, com nossa estrutura, é oferecer a essas empresas uma estrutura diferenciada nos complexos e proporcionar a redução de custos.

Qual é a projeção da redução de custos?

Só a armazenagem alfandegada, se compararmos com o sistema de distribuição, traz uma redução de 30% nos custos. A isso somamos também transporte, porque está tudo na mesma linha. São formas de fidelizar o cliente e fazer com que a cadeia logística tenha um custo mais adequado. 

Quais os maiores desafios enfrentados hoje por essas empresas?

A principal dificuldade é o transporte de equipamentos, incluindo o modelo rodoviário. A movimentação é mais difícil no outbound, com os equipamentos prontos, do que no inbound, com eles ainda em peças. É uma logística complicada. 

Quais são os principais projetos de atuação da Columbia nessa área?

Nós trabalhamos com fabricantes de equipamentos, como geradores e pás eólicas, então não são apenas projetos. Nossos clientes estão em parques no Nordeste todo. 

Qual é o faturamento da empresa no setor?

Hoje nós faturamos em torno de R$ 20 milhões por ano, e esperamos dobrar esse valor nos próximos três anos. 

Que estratégia é buscada hoje para alcançar esse resultado?

Nós faremos isso verticalizando os serviços, tentando atender o cliente ao máximo em sua cadeia para sermos o único gestor das operações. Queremos agregar mais serviços, atuando do porto ao parque eólico, em toda a cadeia. Essa é a nossa estratégia.

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