FELIPE LAMEGO É NOMEADO PRESIDENTE DA DEEPFLEX

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Felipe Lamego, novo presidente da Deepflex. Foto: Daniel Fraiha/PetronotíciasCom grande parte de seu interesse voltado para o Brasil, que deve responder por 65% da demanda mundial do mercado em que atua, a Deepflex passa a ter um brasileiro como presidente: Felipe Lamego. O executivo ocupava o cargo de diretor de desenvolvimento de negócios na empresa desde julho de 2012 e agora assume o comando das operações globais da companhia.

Lamego tem graduação e mestrado de engenharia mecânica pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), possui uma pós-graduação em gerenciamento de projeto pela Universidade de Houston (EUA), além de um mestrado em administração de negócios na Texas A&M University.

Antes de entrar para a Deepflex, o executivo passou a maior parte de sua carreira na Technip, onde começou a trabalhar a partir de 1998 na área de dutos flexíveis, passando pelo desenvolvimento de processos e produtos na França e depois ao cargo de gerente de projetos na área subsea da empresa nos Estados Unidos. Teve uma passagem pela FMC Technologies entre 2006 e 2008, voltando à Technip posteriormente, de onde saiu quando ocupava o posto de diretor de desenvolvimento de negócios nos Estados Unidos.

A Deepflex é a única fabricante de dutos flexíveis sem costura não metálicos para aplicações em águas profundas no mundo e vê no Brasil um dos maiores potenciais de expansão. Atualmente a empresa está em fase de qualificação de suas tecnologias junto à Petrobrás, por meio de um processo que deve envolver mais de 5 mil testes individuais.

O executivo contou que também estão qualificando os produtos junto a outras quatro operadoras: Shell, Total, BG e Statoil. Neste caso, os trabalhos estão sendo realizados por meio do RPSEA (Research Partnership to Secure Energy for America), um programa do governo americano, avaliado em US$ 375 milhões, voltado ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de petróleo, gás e energia. O foco do projeto é auxiliar na redução de custos, no aumento da segurança e na melhora da produtividade da indústria de tecnologia e da cadeia de suprimentos dos Estados Unidos.

O novo presidente acredita que o potencial do mercado só tende a crescer e ressaltou a ampliação que estão fazendo na planta de fabricação nos Estados Unidos.

“A capacidade hoje é de 20 km de linhas por ano e vai passar para 120 km por ano. É uma expansão muito grande não só em volume, como também em diâmetro e nos tipos de produtos. Inclusive muito do desenvolvimento será pensado em relação ao pré-sal e a ambientes de alta agressividade”, disse.

Para o executivo, as características do duto flexível sem costura reforçado de materiais compostos devem atrair grande atenção do mercado. Segundo a Deepflex, o produto tem cerca de metade do peso do duto flexível reforçado de aço sem costura, o que diminui bastante a tensão de carga durante a instalação e a operação, além de reduzir a corrosão.

A Deepflex foi fundada em 2004 nos Estados Unidos, mas de lá para cá já recebeu aportes de muitos investidores. Entre eles, estão os fundos brasileiros AEM Capital, liderado por Marcelo Müller, Mare Investimentos, de Rodolfo Landim, Mantiq Investimentos, do Santander, e a empresa de engenharia Promon, representada pelo seu diretor da área subsea, Marcelo Taulois. A empresa conta ainda com investimentos dos grupos Energy Ventures, Klaveness Marine e Mobelmagasinet Tvedt, da Noruega.

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