GERSON ALMADA FICA EM SILÊNCIO DURANTE DEPOIMENTO À CPI DA PETROBRÁS

AlmadaA rotina de silêncio por parte dos empreiteiros investigados na Operação Lava-Jato volta a incomodar os parlamentares da CPI da Petrobrás. Dessa vez, o ex-vice-presidente da construtora Engevix Gerson Almada (foto) entrou mudo e saiu calado da Câmara dos Deputados, em Brasília.

O depoimento do executivo durou apenas 20 minutos, sendo liberado pelo presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB). Ficar em silêncio é permitido ao empreiteiro por estar sendo investigado pela Polícia Federal, acusado de participar de um cartel de construtoras dentro da Petrobrás.

Em março, Almada detalhou ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava-Jato na primeira instância, o funcionamento do esquema instalado dentro da estatal. Um mês depois, obteve autorização para migrar para o regime de prisão domiciliar. O empreiteiro foi preso durante a sétima fase da Operação Lava-Jato, em novembro do ano passado.

A dispensa de Gerson Almada foi duramente criticada por integrantes da CPI. Hugo Motta, no entanto, argumentou que a maioria dos depoimentos em que pessoas optaram por não falar foi improdutiva.

Para esta quinta-feira (21), também estava previsto o depoimento do vice-presidente afastado da construtora Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite. Entretanto, seu advogado alegou que o cliente tinha outros compromissos, informou o presidente da CPI. Com isso, a próxima terça-feira (26) foi definida como data para a presença do executivo na Câmara.

Eduardo Leite, tal qual Gerson Almada, foi detido em novembro de 2014, na sétima fase da Operação Lava Jato, e foi liberado a cumprir prisão domiciliar em março, após a Justiça Federal homologar o acordo de delação premiada do dirigente da Camargo Corrêa.

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