IBEG ENGENHARIA AMPLIA PLANOS E BUSCA NOVAS OPORTUNIDADES NA INDÚSTRIA DE ÓLEO E GÁS

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Eduardo RosmanA indústria de óleo e gás vem passando por um período de baixa atividade, devido a uma série de fatores já conhecidos, mas não deixa de despertar muitos interesses. A empresa IBEG Engenharia é uma que começa a voltar mais suas atenções para o segmento, na expectativa de participar da renovação dos fornecedores da Petrobrás, que deverá retomar parte de suas obras, como o Comperj, nos próximos meses. O presidente da IBEG, Eduardo Rosman, conta que a empresa já teve participação no setor no passado, sendo inclusive a responsável pela construção do Laboratório de Pesquisas Oceânicas da Petrobrás, na Ilha do Fundão, mas acabou se afastando do segmento nos últimos anos. Agora, a empresa já começa a retomar contatos com outras companhias da área e pretende se envolver mais com a indústria de petróleo, na expectativa de encontrar novas oportunidades, principalmente a partir de 2017. “A Petrobrás é uma firma que não pode parar. O País depende muito dela, e as coisas serão retomadas. Acreditamos que haverá inclusive uma renovação das empresas que prestam serviços para ela e nós esperamos fazer parte disso”, afirma Rosman.

Como vê o mercado de engenharia brasileiro no momento?

Muito complicado. Talvez seja um dos setores que mais estão sentindo a crise. É uma opinião minha e de várias empresas que conheço. O desemprego está aumentando e as pessoas que perdem seus trabalhos estão com muitas dificuldades em encontrar novas oportunidades.

E quanto à área de óleo e gás?

O ano de 2016 é um ano de sobrevivência, mas acredito que o setor de petróleo vai se reerguer. O preço do barril passa por mudanças cíclicas, então, quando a crise política e econômica arrefecer, a situação vai melhorar.

Como espera ocupar um espaço no vácuo atual deste segmento?

Na realidade, as obras estão paradas de maneira geral, mas temos ido a Macaé, mantido contato com o setor, na expectativa de que as empresas retomem as atividades. Acho que em 2016 ainda há poucas perspectivas, mas em 2017 o cenário deve começar a mudar. E queremos fazer parte dessa reativação da indústria.

Quais são os atrativos e quais os desafios para essa nova aposta?

O atrativo é que vemos como um setor que quando consegue caminhar não falta dinheiro. Então, quando houver um contrato, o cliente não deixará de honrar os pagamentos. Já o desafio é que hoje vemos um momento em que as atividades estão paradas, sem novas obras.

Quais serão os focos da IBEG no setor?

A IBEG trabalha mais em terra, então a atuação seria focada em obras gerais, como instalações mecânicas, elétricas e construção civil em geral. Toda a implantação do que chamamos de “base”.

Quais os atributos da IBEG que considera importantes para conseguir ganhar espaço neste segmento?

A tradição da IBEG. É uma empresa que tem 50 anos, com diversas obras feitas, de forma muito bem desenvolvida, com um bom currículo. É uma empresa competitiva, que faz o trabalho corretamente, e não está envolvida na Lava Jato.

Já deram entrada no processo de obtenção de CRCC?

Já temos o cadastro da Petrobrás, mas não vínhamos trabalhando para a empresa recentemente. Há anos atrás fazíamos esse tipo de serviço para a Petrobrás. Fizemos o laboratório de pesquisas oceânicas na Ilha do Fundão, mas acabamos buscando outras oportunidades depois, sem deixar de manter o nosso cadastro. Começaram a aparecer outras obras, como a construção de prédios, obras industriais fora da Petrobrás, e nós nos afastamos um pouco do segmento, mas agora estamos buscando novamente oportunidades na área.

A IBEG tem interesse em buscar outras empresas para possíveis parcerias no setor?

É difícil ver isso agora, porque sabemos que há pouquíssimas obras em andamento no momento, mas acreditamos que, em 2017, a estrutura de Macaé, que se formou nos últimos anos, será retomada, quando houver uma estabilização maior da economia. Então é um momento de esperar, de certa descrença, mas estamos atentos. A Petrobrás é uma firma que não pode parar. O País depende muito dela, e as coisas serão retomadas. Acreditamos que haverá inclusive uma renovação das empresas que prestam serviços para ela e nós esperamos fazer parte disso.

Como é para a empresa fazer 50 anos atuando no mercado de engenharia, depois de tantos altos e baixos do setor no país?

É uma raridade. Várias crises já passaram e estamos superando mais uma. É uma longa história e um fato a ser comemorado. Acho que a diversificação da atuação é um dos fatores importantes que levaram a empresa a conseguir seguir firme e ativa. Nunca ficamos restritos apenas ao setor público, nem ao privado, mantendo uma divisão, avaliando as realidades de cada momento, assim como apostando na diversificação dos serviços prestados e ampliando atividades. É uma trajetória de sucesso que mantém como premissa a análise constante das possibilidades e oportunidades no horizonte.

Qual o planejamento estratégico da IBEG para os próximos anos?

Acho que a parte de laboratórios, da indústria farmacêutica, por exemplo, é uma aposta importante. Ao fim das Olimpíadas, haverá um período de marasmo complicado, então existe um cenário pessimista, mas há segmentos que podem ajudar. Então um dos focos será reduzir a participação no setor público, aumentando a participação em projetos privados, com destaque inicial para as áreas farmacêutica e de saúde. Num segundo momento, o setor de óleo e gás deverá ganhar mais espaço, com novas oportunidades.   

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julio
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julio

Creio que o querido jornalista não deve saber, que a referida empresa Ibeg Engenharia deu um calote absurdo em todos nós pais de família que participamos da construção da Arena de tênis no Complexo Olímpico da Barra da tijuca!! Não pagaram a indenização e nem recolheram nosso FGTS!! VERGONHA!! ABSURDO!! EMPRESÁRIOS SEM ESCRÚPULOS E SEM CARÁTER!! Antes de buscarem novos horizontes profissionais deveria é PAGAR O QUE NOS DEVE!!! “EMPRESINHA DE FUNDO DE QUINTAL” COVARDES, SAFADOS e demais adjetivos que não convêm citar aqui!!#desabafo

João
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João

Engraçado a empresa está passando pela crise sem tropeçar??? Muito fácil demitir um monte de gente, não pagar, mandarem buscar a justiça, mas ter dinheiro pra investir em outros setores tem??? Somente em janeiro/fevereiro mais de 500 pessoas demitidas pela referida empresa, sem receber, inclusive marcando homologações nos sindicatos e fazendo tanto o empregado quanto o sindicato de bobos. A prefeita está cobrindo alguns desses, mas a má vontade dos dirigentes nao a estão repassando. Aparecer e dar entrevista é bem bonito, mas mostrar a verdade tá complicado hein sr Eduardo.

Karol
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Karol

Acho engraçado querer expandir sendo que as obras olímpicas não tinham qualidade nenhuma, quem trabalhou lá sabe, vão fazer o que agora? Ferrar o setor de óleo tbm? Primeiro tinham que aprender trabalhar com qualidade. A própria prefeitura expulsou das obras porque além de faltar com a qualidade dos serviços faltava competência para cumprir prazos segundo o nosso prefeito. AFF é mais uma que vai afundar os negocio do setor.

Janio Tavares
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Janio Tavares

Quem deu calote nas obras das olimpiadas foi o prefeito que não pagou as obras, acorda povo!

Hugo Serafim Figueira
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Hugo Serafim Figueira

Excelente empresa! Tenho experiência de ser atendido por eles na obra de Uberlândia – MG, sempre cumpriram o combinado e dentro do prazo. Desejo tudo de bom a vocês, e que o prefeito pague o que deve a vocês. Eduardo Paes? Nunca Mais…

carlos
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carlos

Eu aqui só esperando a Lava Jato chegar na IBEG pois terei o maior prazer em contar todas as mutretas e propinas pagas por essa empresa

carlos
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carlos

ROUBOU MUITO EM DEODORO UM ESQUEMA FORTE QUE CONTAVA COM FISCAIS, SEGURANÇAS E OUTROS, A MULHER DO EDUARDO COM RABO PRESO, SEI QUE EXISTEM ALGUMAS GRAVAÇÕES FEITAS POR FUNCIONÁRIOS E QUE COMPROMETEM BASTANTE