AGENDA POLÍTICA DO SETOR DE PETRÓLEO SERÁ LANÇADA NA RIO OIL & GAS 2014

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

rio-oil-gas copyO Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) está elaborando um documento para ser apresentado na Rio Oil & Gas com a visão das empresas operadoras sobre a necessidade de haver maior regularidade nas licitações de novas áreas, posição sempre defendida pelo instituto, além de questões como a revisão da política de conteúdo local e a importância da exploração do pré-sal. Em encontro com a imprensa, o secretário-executivo, Milton Costa Filho, apresentou a programação da feira, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de setembro, no Rio de Janeiro.

Sobre a possibilidade de o país desacelerar a exploração dos recursos do pré-sal, proposta defendida pela candidata à presidência Marina Silva em seu programa de governo, Milton argumentou que as projeções internacionais mostram que a importância dos combustíveis fósseis na matriz energética continuará alta nos próximos anos, representando cerca 75% da demanda por energia no mundo até 2040. “A transição para uma matriz energética mais limpa deverá acontecer, mas não será possível abrir mão do petróleo nas próximas décadas”, disse.

Mesmo com a piora no ambiente de negócios, Milton disse que o interesse dos expositores na Rio Oil & Gas não foi afetado. “Por causa da geopolítica internacional, das eleições no Brasil e do atual cenário da economia nacional, o ambiente de negócios está diferente, mas isso não refletiu no evento, já que metade do espaço para a edição desse ano foi vendida em 2012. Foi só nos últimos meses que a procura diminuiu, principalmente porque as empresas menores trabalham mais com a oportunidade do momento”, afirmou, reiterando que todo o espaço foi vendido.

O executivo falou ainda sobre a importância da regularidade e da previsibilidade na realização de rodadas de licitação para a exploração de novas áreas. Ele alertou para a possibilidade de o interesse das empresas se voltarem para países como Colômbia e México. “Estão olhando muito para o México. Os empresários se mostram confiantes no novo modelo de exploração daquele país. Por isso o tema da Rio Oil & Gas é a geopolítica internacional”, explicou, citando também o boom do gás não convencional nos Estados Unidos e no Ártico.

Destacando o tamanho do evento e sua abrangência, Milton disse que a Offshore Technology Conference (OTC) é maior, mas não trata de toda a cadeia de petróleo e gás. “Os temas da Rio Oil & Gas vão do poço ao posto”, disse. Realizado a cada dois anos desde 1982, o evento chega a sua 17ª edição com o tema “Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios”, contando, até o momento, com 651 trabalhos inscritos e cerca de 1.300 expositores.

Para a cerimônia de abertura, estão confirmadas as presenças do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; da presidente da Petrobrás, Graça Foster; da diretora-geral da ANP, Magda Chambriard; do presidente do IBP, João Carlos de Luca; do governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

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